Paula Fernandes, a número 1

247 - A cantora pop Paula Fernandes vem colecionando recordes desde o ano passado. Os seus CDs e DVDs venderam tanto que a artista se tornou a queridinha da gravadora Universal. E a trajetória ascendente continua -- a última boa performance de Paula foi divulgada neste sábado 30 e registra que ela foi a campeã de vendas do primeiro semestre de 2011, segundo a Associação Brasileira de Produtores de Discos. Paula Fernandes vendeu 850 mil CDs e DVDs do seu álbum lançado este ano. O número impressiona diante da falência do mercado fonográfico diante da pirataria. Paula vendeu mais que o dobro do segundo colocado, Luan Santana, que vendeu, desde janeiro, 322.700 de seu álbum Luan Santana ao Vivo no Rio. Leia outra reportagem do Brasil 247 sobre a cantora:

Nascida e criada na zona rural, Paula Fernandes tem uma biografia em perfeita sintonia com o universo em que se forjou a cultura e a música sertanejas. Quando começou a compor, nos anos 1990, ela preservou o estilo que já conhecia, misturando referências biográficas, o uso de imagens da natureza para exprimir sentimentos, com tudo o que mais adorava do universo pop, inclusive a guitarra e o embalo dançante de cantoras internacionais como Shakira ou Beyoncé. Mas sem perder a personalidade. Paula cresceu em uma pequena fazenda próxima a cidade de Sete Lagoas, e começou a cantar muito cedo, aos 8 anos, e despontou se apresentando em rodeios de gado, onde interpretava um repertório de músicas românticas.

 Aos 10 anos já tinha gravado o seu primeiro CD. Paula agradou tanto, que foi contratada pela companhia de rodeio de sua região e viajou com o grupo por todo o país. Sua família se mudou para o interior de São Paulo para poder acompanhá-la nesse trabalho que perdurou até os seus 15 anos de idade. “Sem essa experiência, jamais teria a segurança de palco e de intérprete que tenho hoje. Se tivesse começado como uma garota normal de classe média que vai em busca de um sonho, talvez já tivesse desistido”, diz Paula, que teve uma trajetória difícil até a conquista do estrelato que hoje desfruta. Aos 16 anos, recém-saída da companhia de rodeio, ela partiu para a capital paulista onde amargou dias realmente duros, sem trabalho e sem dinheiro. Momentos decisivos que compartilhou com a dupla, hoje famosa, Victor e Leo. Paula viu os garotos se darem bem na cena musical sertaneja enquanto ainda engatinhava em busca de um espaço. Serviu de estímulo, e ela não parou.

Foi o produtor musical Marcus Viana o responsável pela ‘descoberta’ da cantora mineira Paula Fernandes. Depois de vê-la cantar na tevê de Minas, ele a convidou para interpretar a música título da novela América, da Rede Globo. Deu tão certo que a moça emplacou diversas trilhas sonoras na emissora, em Páginas da Vida, Paraíso, Escrito nas Estrelas e Araguaia. Em um primeiro momento, sua voz conquistou fãs e despertou curiosidade em compositores como Leonardo, que ao conhecer o trabalho da moça, a convidou para integrar a sua produtora, Talismã. Contratada da Universal Music, Paula lançou CD e DVD no ano passado e contou com a participação de Victor & Léo, Leonardo, Marcus Viana e Almir Sater. Nesse estágio de sua carreira, Paula contou com um impulso com o qual não esperava: formar um dueto com o rei Roberto Carlos no show de fim de ano da emissora carioca Globo.

O duo emocionou, a química deu certo e logo surgiu o comentário de que teria existido um romance entre eles. Ambos negaram, mas Roberto Carlos foi elegante na resposta. Indagado se namoraria com Paula, ele respondeu: - e quem não namoraria? Só se falou em Paula Fernandes por muitas semanas no mundo do showbiz. E mesmo nas prévias para o Carnaval na Bahia, o pop sertanejo de Paula bombou em uma turnê de shows pelo estado. E o seu recém lançado álbum teve um desempenho invejável em tempos de crise da indústria fonográfica: foi líder de vendas no país, com 130 mil cópias comercializadas em 15 dias. Esteve também semanas na lista dos mais vendidos. Neste mês uma nova remessa de álbuns foi enviada ao mercado para atender a demanda. Em tempos de crise da indústria fonográfica, esses números se prestam a muita comemoração.