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Cultura

Paulo Moura em livro e CD

Um ano aps a sua morte, so lanados em So Paulo um livro com entrevistas e um CD indito do exmio instrumentista brasileiro, dono de um repertrio ecltico que vai do erudito ao samba de gafieira

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No dia 12 de julho de 2010, o Brasil perdeu um de seus músicos mais importantes, Paulo Moura. Compositor, arranjador, saxofonista e clarinetista, além de seu legado musical, Moura também se expressa muito bem pela palavra. Ele deixou uma série de entrevistas inéditas gravadas por sua mulher, a escritora e psicanalista Halina Grynberg, que as reuniu em livro. Em edição bilíngue (português e inglês) e com um CD inédito, produzido por André Sachs, "Paulo Moura, Um Solo Brasileiro" (patrocinado pela Natura Musical) será lançado hoje na Livraria da Vila - Jardins, em São Paulo.

Halina - que também era empresária e produtora musical de Moura - reuniu o material de entrevistas realizadas com ele entre 2008 e 2009. O CD "Fruto Maduro" levou cinco anos para ser produzido e foi o próprio Moura quem escolheu Sachs para essa função. "Divagações estéticas adornam suas lembranças pessoais e a memória desenha paisagens de harmonias rigorosas quando reflete sobre sua arte: a música", comenta Halina. "Paulo é invenção infinda, imensidão criativa que recusa a linearidade."

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De fato, o músico edificou sua obra tocando choro, jazz, samba de gafieira, música erudita e tudo o mais, sempre aberto a improvisações, tendências e inovações. O CD que acompanha o livro mostra suas experiências com música eletrônica pela primeira vez, sem distorcer a essência das composições. Das nove faixas assinadas por Moura, duas são só dele, sete são parcerias com André Sachs (violonista, guitarrista e tecladista) e a outra é a clássica "Caravan", de Irvin Mills, Juan Tisol e Duke Ellington, em suingado arranjo de samba.

Seguindo o que ela chama de "estética do improviso", o livro é organizado por etapas da vida do músico, começando, cronologicamente, pelos primeiros passos musicais. Em seguida, ele entra em detalhes sobre essas relações familiares/musicais, até de São José do Rio Preto (interior de São Paulo) para o Rio e suas consequências. O Rio cinematográfico que o menino imaginava foi seu primeiro palco profissional no início da maioridade. Tocando saxofone em bailes “com uma categoria de músicos de segundo time”, ele deu sorte ao vencer um concurso de calouros na Rádio Tupi e depois tocou na tão cobiçada Rádio Nacional e estreou com a Orquestra Osvaldo Borba na TV Tupi.

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No tempo da bossa nova, Moura percebeu que “o meio musical no Rio de Janeiro era muito restrito” e ele não gostava daquilo, porque “parecia cidade pequena do interior.” E ele queria o mundo - que acabou conquistando, tocando com ícones da MPB e do jazz, como Elis Regina, Ary Barroso, Ella Fitzgerald e Cab Calloway.

Entre saborosas lembranças, dos percalços e dos momentos gloriosos de sua carreira e vida pessoal - como o gosto pela pintura de Picasso, Salvador Dalí, Van Gogh e Kandinsky, a amizade com João Donato -, também fala de estilos e técnica musical que tanto interessa a outros especialistas como satisfaz a curiosidade dos leigos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Paulo Moura, Um Solo Brasileiro - De Halina Grynberg. Ed. Casa da Palavra, 240 págs, R$ 55. Acompanha CD com 10 faixas. Lançamento hoje, às 19 horas, na Livraria da Vila - Jardins (Alameda Lorena, 1.731). tel. (011) 3062-1063.

fonte: Agência Estado

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