Pola, a enfant terrible
Escritora argentina forjada na tradio da literatura fantstica incorpora novas tecnologias e criticas cidas esquerda de seu pas em seu bem sucedido romance de estreia, As Teorias Selvagens
Natália Rangel_247 – A escritora argentina Pola Oloixarac, 33 anos, é um dos mais novos nomes a ganhar destaque na literatura contemporânea de seu país, com direito a elogios do prestigiado escritor Ricardo Piglia. Pola surgiu como a enfant terrible nacional ao lançar o seu romance As Teorias Selvagens (Benvirá), traduzido para oito países e que lhe rendeu um lugar no seleto hall dos melhores ficionistas de língua espanhola eleitos pela conceituada revista britânica Granta. No livro, ela esculhamba a esquerda argentina, classificando-a como refém ideológica dos tempos da ditadura no país e traça um retrato perverso da juventude argentina. A história centra-se na relação e nos diálogos mordazes entre uma aluna de filosofia e seu professor.
Política, sedução, internet, orgias (regadas à quetamina, anestésico animal usado como droga em baladas) e mídias sociais compõem a narrativa da autora que na Argentina também escreve sobre arte e tecnologia em jornais, como o Página 12. Formada em filosofia na Universidade de Buenos Aires, As Teorias Selvagens é o livro de estreia da autora, que também escreveu contos fantásticos para a antologia organizada todos os anos pelo Páinga 12. Pola é uma das primeiras escritoras confirmadas na nona edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) que acontece de 6 a 10 de julho.
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