Produtores param de fazer bonecos de 'Django Livre'
Produtores do filme de Quentin Tarantino ordenaram a interrupção da fabricação de bonecos baseados no filme de escravidão após críticas de que eles eram ofensivos aos afro-americanos
LOS ANGELES, 19 Jan (Reuters) - Os produtores de "Django Livre", de Quentin Tarantino, ordenaram na sexta-feira a interrupção da fabricação de bonecos baseados no filme de escravidão indicado a Oscar, após críticas de que eles eram ofensivos aos afro-americanos.
Os bonecos de 20 cm, que têm como público pessoas acima de 17 anos, incluíam o escravo liberto Django armado, sua mulher e o cruel dono de plantação Candie.
"Django Livre" foi criticado por alguns afro-americanos pela sua interpretação da escravidão e da violência. Apesar da polêmica, o filme foi indicado a cinco Oscars, incluindo o de melhor filme.
A Rede Nacional de Ação, do líder de direitos humanos Al Sharpton, está entre os grupos que criticaram os bonecos.
"Vender esse boneco é altamente ofensivo a nossos ancestrais e à comunidade afro-americana", afirmou K.W. Tulloss, presidente da filial de Los Angeles do órgão, ao jornal New York Daily News.
"Esse filme é para adultos, mas os bonecos parecem ser para crianças", afirmou Tulloss ao jornal. "Não queremos que outros indivíduos os utilizem para entretenimento, para zombar da escravidão."
A Weinstein Co, que produziu "Django Livre", afirmou em comunicado na sexta-feira que, devido à reação aos bonecos, ordenou que a produção fosse interrompida.
"Temos tremendo respeito pela audiência e nunca foi nossa intenção ofender qualquer pessoa", informou a empresa.
Os bonecos foram vendidos pela Associação Nacional de Colecionáveis, que não foi encontrada para comentar.
Os produtores lembraram que os bonecos foram produzidos em todos os filmes passados de Tarantino, incluindo a produção de vingança da Segunda Guerra "Bastardos Inglórios", de 2009.
"Django Livre" estrela Jamie Foxx, Christoph Waltz e Leonardo DiCaprio, e arrecadou cerca de 130 milhões de dólares nas bilheterias norte-americanas e canadenses desde a estreia, em 25 de dezembro.
(Por Eric Kelsey e Alex Dobuzinskis)
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