Ruy Castro vence o Prêmio Jabuti 2025 com livro sobre Tom Jobim
Escritor foi consagrado com o título O Ouvidor do Brasil: 99 vezes Tom Jobim; confira a lista completa de vencedores da 67ª edição
247 – Os vencedores da 67ª edição do Prêmio Jabuti foram anunciados nesta segunda-feira, 27, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), em cerimônia realizada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O evento, que premiou as principais obras publicadas em 2024, foi transmitido ao vivo pelo YouTube. A escritora e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, Ana Maria Machado, recebeu homenagem especial como Personalidade Literária do Ano. As informações são do jornal Estado de S. Paulo (link).
Reconhecido como o mais tradicional prêmio literário do país, o Jabuti contemplou 23 categorias distribuídas entre quatro eixos: Literatura, Não Ficção, Produção Editorial e Inovação. Cada vencedor recebeu R$ 5 mil e uma estatueta.
Ruy Castro leva o principal prêmio com homenagem a Tom Jobim
O grande destaque da noite foi o jornalista, biógrafo e imortal da Academia Brasileira de Letras, Ruy Castro, vencedor do Livro do Ano com O Ouvidor do Brasil: 99 vezes Tom Jobim, publicado pela Companhia das Letras. O autor recebeu R$ 70 mil e uma viagem completa à Feira do Livro de Londres, em 2026.
“Estou sem palavras. Recebo o prêmio em nome dos leitores que me acompanham há 35 anos”, afirmou Castro ao subir ao palco, emocionado, diante de uma plateia que o aplaudiu de pé. A obra é uma homenagem ao maestro e compositor Tom Jobim, uma das figuras mais reverenciadas da música brasileira.
Outros destaques do Jabuti 2025
Entre os vencedores das principais categorias, figuram nomes consagrados e estreantes que refletem a diversidade da produção literária brasileira.
Na categoria Literatura:
- Poesia: Respiro, de Armando Freitas Filho (Companhia das Letras)
- Conto: Dores em salva, de Elimário Cardozo (Patuá)
- Romance literário: Vento em setembro, de Tony Bellotto (Companhia das Letras)
- Crônica: O ouvidor do Brasil: 99 vezes Tom Jobim, de Ruy Castro (Companhia das Letras)
- Infantil: Estações, de Daniel Munduruku e Marilda Castanha (Moderna)
- Juvenil: O silêncio de Kazuki, de André Kondo (Telucazu Edições)
Na categoria Não Ficção:
- Biografia e Reportagem: Longe do ninho, de Daniela Arbex (Intrínseca)
- Economia Criativa: Ensaio sobre o cancelamento, de Pedro Tourinho (Planeta do Brasil)
- Educação: Letramento racial: uma proposta de reconstrução da democracia brasileira, de Adilson José Moreira (Contracorrente)
- Negócios: A essência de empreender, de Miguel Krigsner (Portfolio-Penguin)
- Saúde e Bem-Estar: Felicidade ordinária, de Vera Iaconelli (Zahar)
Na Produção Editorial:
- Capa: Acrobata, com design de Kiko Farkas (Companhia das Letras)
- Ilustração: Bento vento tempo, de Nelson Cruz (Companhia das Letrinhas)
- Projeto gráfico: Palavra, de Felipe Carnevalli, Paula Lobato e Vitor Cesar (Instituto Tomie Ohtake)
- Tradução: Byron: poemas, cartas, diários & c., traduzido por André Vallias (Perspectiva)
No eixo Inovação:
- Escritor Estreante – Poesia: Maracujá interrompida, de Luis Osete (Cepe)
- Escritor Estreante – Romance: Sangue neon, de Marcelo Henrique Silva (Faria e Silva)
- Fomento à Leitura: AbraPalavra: onde a literatura se encontra com a vida cotidiana, de Aline Cântia
- Livro Brasileiro Publicado no Exterior: BRABA – antologia brasileira de quadrinhos (Mino, Fantagraphics Books)
Homenagens e iniciativas de leitura
Nesta edição, o Jabuti também destacou ações voltadas à democratização da leitura. A categoria especial “Fomento à Leitura – Rio Capital Mundial do Livro” consagrou o projeto Rio Capital Mundial do Livro, que investe na revitalização de bibliotecas públicas e iniciativas de incentivo à leitura em comunidades cariocas.
Outros projetos finalistas foram Biblioteca Marginow, em Antares, e o Festival do Leitor – LER, que promove formação de educadores e atividades literárias em múltiplos territórios do Rio de Janeiro.
O Prêmio Jabuti 2025 reafirma sua relevância como a principal celebração da literatura brasileira, valorizando desde autores consagrados, como Ruy Castro e Tony Bellotto, até novas vozes que ampliam o alcance e a diversidade da produção editorial nacional.



