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      Saiba por que Lady Gaga virou ícone da comunidade LGBTQIA+

      De acordo com a Prefeitura do Rio, o show da cantora atraiu cerca de 2,1 milhões de pessoas. Veja também algumas estatísticas sobre LGBTQIA+

      Lady Gaga (Foto: Daniel Cole/REUTERS)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - A cantora Lady Gaga virou uma referência entre as pessoas que fazem parte da comunidade LGBTQIA+. De acordo com a Prefeitura do Rio, o show deste sábado (4) feito pela norte-americana atraiu cerca de 2,1 milhões de pessoas na capital. Os relatos das entrevistas sobre a apresentação da artista foram publicados no Metrópoles

      Diretor de marketing e fã de carteirinha da cantora, Arthur Araripe, 26 anos, afirmou que ela “desafia os padrões do que é aceitável”. “E faz isso com música que convida alta energia, agito, animação. É uma receita perfeita para se tornar um ícone LGBT— sua arte nos ensina que tudo bem ser extravagante, desafiar padrões e vivências que nos diminuem o brilho e o vigor”, disse. 

      Segundo o advogado Luciano Stacciarini, de 27 anos, a cantora se tornou um ícone da comunidade pelo espírito disruptivo. “Assim como os LGBT+ que sempre procuraram seu lugar no mundo, ela chegou quebrando os paradigmas da época. Ela representa uma comunidade, até então, sem a voz que tem hoje. Além de servir o que todo LGBT+ gosta, looks, espetáculos, beleza, boas músicas, ativismo”.

      Social media de 32 anos, Hyá Pires também comentou sobre a cantoria. “Quando o pop caminhava para a assepsia, Gaga trouxe de volta o risco, a estética do excesso, a performance como ruptura. Em um mercado que começava a se curvar ao algoritmo, ela apareceu de salto, carne e manifesto”, pondera.

      Estatísticas

      No Brasil, 2,9 milhões de pessoas de 18 anos ou mais se declaram lésbicas, gays ou bissexuais. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS): Orientação sexual autoidentificada da população adulta, divulgada hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esta é a primeira vez que esse dado é coletado entre a população brasileira e, na avaliação do instituto, ainda pode estar subnotificado.

      Os dados, coletados em 2019, mostram que 94,8% da população adulta, o que equivale a 150,8 milhões de pessoas, identificam-se como heterossexuais, ou seja, têm atração sexual ou afetiva por pessoas do sexo oposto; 1,2%, ou 1,8 milhão, declaram-se homossexual, tem atração por pessoas do mesmo sexo ou gênero; e, 0,7%, ou 1,1 milhão, declara-se bissexual, tem atração por mais de um gênero ou sexo binário.

      A pesquisa mostra ainda que 1,1% da população, o que equivale a 1,7 milhão de pessoas, disse não saber responder à questão e 2,3%, ou 3,6 milhões, recusaram-se a responder. Uma minoria, 0,1%, ou 100 mil, disse se identificar com outras orientações. Segundo o IBGE, quando perguntadas qual, a maioria respondeu se identificar como pansexual – pessoa cujo gênero e sexo não são fatores determinantes na atração; ou assexual – pessoa que não tem atração sexual.

      Idade, escolaridade e região 

      De acordo com o IBGE, a população de homossexuais ou bissexuais é maior entre os que têm nível superior (3,2%), maior renda (3,5%) e idade entre 18 e 29 anos (4,8%).

      Em relação às regiões, o Sudeste registra o maior percentual, 2,1%, enquanto o Nordeste tem a menor, 1,5%.

      Consideradas apenas as mulheres brasileiras, 0,9% declara-se lésbica e 0,8%, bissexual. Considerados apenas os homens, 1,4% declaram-se gays e 0,5%, bissexuais. Tanto entre homens quanto entre mulheres, 1,1% disseram não saber e 2,3% recusaram-se a responder. A maioria, em ambos os grupos, declara-se heterossexual.   

      O resultado brasileiro foi, segundo o estudo, semelhante ao de outros outros países. Na Colômbia, por exemplo, 1,2% da população se autodeclara homossexual ou bissexual; no Chile, essa proporção chega a 1,8% - semelhante à do Brasil; nos Estados Unidos, a 2,9%; e, no Canadá, a 3,3%.

      Mortes

      A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) aponta que, em 2024, 122 pessoas trans e travestis foram assassinadas no Brasil, sendo que cinco eram defensoras de direitos humanos. Esse número é 16% menor do que em 2023, quando se teve notícia de 145 assassinatos, mas mostra ainda que o país é bastante inseguro para pessoas trans, especialmente as mulheres.

      A Antra destaca que 117 (95,9%) das vítimas eram travestis e mulheres trans/transexuais. Somente cinco eram homens trans e pessoas transmasculinas (com informações da Abr).

       

       

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