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Cultura

Símbolo da arte e da resistência

Maria Duarte lana livro sobre o Teatro Sesc Garagem, que desde 1979 estimula a produo cultural em Braslia

Símbolo da arte e da resistência (Foto: Andressa Anholete / 247)
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Maryna Lacerda_Brasília 247 —Como o Teatro Nacional recebe predominantemente espetáculos que vêm de fora, artistas e músicos brasilienses têm no Teatro Sesc Garagem,a na 913 Sul, um dos poucos locais para difusão de seus trabalhos. Um dos motivos para isso é o baixo valor cobrado pelo aluguel, que custa entre R$300 e R$ 550, conforme o tipo de apresentação. Há também o projeto de estímulo aos grupos musicais, que podem se apresentar gratuitamente às terças-feiras. Somente os custos com a produção precisam ser bancados pelos músicos.

O Sesc Garagem nasceu da proposta de integrar arte e educação como forma de estimular o questionamento social e político. Por seu palco passaram o teatrólogo Humberto Pedrancini, o cenógrafo Michel Bongiovanni e a cantora e compositora Cássia Eller. Fundado em 1979, abrigou grupos de discussão sobre questões como homossexualidade, gênero e valorização da terceira idade. A idealizadora foi Maria de Souza Duarte, secretária de Cultura no governo de Cristovam Buarque (1995-1998). No sábado, 29, ela lança o livro “A educação pela arte: o caso Garagem”.

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Maria Duarte conta que trouxe da França a proposta de criação de uma casa que se comprometesse com a sensibilização das pessoas. Para ela, a saída é unir arte e educação: “Tenho como básico entender a cultura como tudo o que resulta do pensar e do fazer do homem; a educação como o processo de transmissão da cultura; e a arte como um recurso educacional”.

Assim, o tripé formação-produção- difusão é o que sustenta a cultura. Segundo Maria Duarte, é preciso dar condições para as pessoas produzirem seus próprios trabalhos. E, para isso, é necessário também ter estrutura física para tanto.

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Ela destaca ainda que, em Brasília, só há formação acadêmica para teatro. São formados pensadores em escolas de referência, como o Teatro Dulcina e a UnB, mas não há investimento em teatro amador. Isso acaba afastando o interesse das novas gerações, que acreditam que o espetáculo é chato.

A prosa do Garagem

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O livro “A educação pela arte: o caso Garagem”, de Maria Duarte será lançado no Teatro Garagem, no sábado (29). Ela diz que os palcos do teatro abrigaram, desde sua fundação, “a Brasília que pulsa”, que não se calava apesar de submetida à ditadura militar. “O Sesc Garagem foi o espaço de democratização e de luta pelo fim de preconceitos”, relembra. “O Caso Garagem” complementa outro livro da autora, “A educação pela arte: o caso Brasília”, publicado em 1983 e que também será relançado.

O ator Murilo Grossi destaca que é preciso haver alternativas a quem não pretende seguir profissionalmente nas artes cênicas. Segundo ele, “nas áreas artísticas, o mais importante é formar pessoal em nível médio, atender os jovens que querem experimentar primeiro, antes de fazer uma opção profissional”. “E atender também aqueles que não têm condições de cursar a UnB ou não podem pagar uma faculdade”, diz.

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