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    Um dândi em Paris

    A vida e a obra do pintor francs Edouard Manet so relembradas na maior exposio do artista dos ltimos trinta anos em Paris

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    Natália Rangel, com agências internacionais – Há 30 anos o artista francês Edouard Manet (1832-1883) não ganhava uma retrospectiva tão ampla de seus trabalhos em seu país natal. O tradicional Museu d'Orsay organizou uma mostra que vai até o dia três de julho e refaz toda a trajetória do artista, em 140 obras – ele deixou um acervo de 400 telas em duas décadas de carreira. A mostra “Manet, o homem que inventou a modernidade” rediscute o papel do pintor na história da arte e relembra o impacto social de suas obras em seu tempo. Em ensaio sobre Manet, o crítico de arte Robert Hughes escreveu que Paris “é impensável sem Manet e o artista inimaginável sem Paris”.

    O pintor foi um dos mais rebeldes de sua geração. Retratou Cristo como um homem fraco, oprimido e vulnerável em uma série de imagens que desagradaram a boa sociedade parisiense. Manet se comportava como um dândi proveniente da alta sociedade, uma espécie de Oscar Wilde das artes, e tinha entre seus admiradores e fieis companheiros de tavernas figuras como Charles Baudelaire, Emile Zolá e Claude Monet. Ele morreu aos 51 anos vítima de reumatismo e sífilis. E até hoje é classificado como o homem que fez a ponte entre o passado e o futuro da arte na Europa.

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