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Economia

Acordo entre Ciesp/Fiesp/BNDES prevê estudos regionalizados e volta do cartão de crédito para empresas

Acordo também inclui linha de inovação com juros mais baixos e ampliação do acesso ao crédito para micro, pequenas e médias empresas

BNDES afasta chefe de departamento após críticas ao Fundo Amazônia (Foto: PAULO VITOR)
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Ciesp - O Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) assinaram nesta segunda (12) um acordo de cooperação com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico) que prevê, dentre outras coisas, o relançamento do cartão de crédito do banco para micro, pequenas e médias empresas e um trabalho de campo, sob demanda, nas regionais do Ciesp, para entender necessidades das indústrias.

A volta do cartão de crédito para micro, pequenas e médias empresas era uma reinvindicação antiga do Ciesp e da Fiesp. O BNDES deverá disponibilizar o cartão em quatro meses, período em que promoverá ajustes tecnológicos para o seu funcionamento. O banco ainda anunciou linha de inovação com juros mais baixos e ampliação do acesso ao crédito para PMEs (Pequenas e Médias Empresas) por meio do FGI (Fundo Garantidor de Investimentos).

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Sobre estudos regionais do BNDES sob demanda e em parceria com as regionais do Ciesp, a ideia é identificar as “dores” das empresas em nível local e destravar o acesso ao crédito. Em maio deste ano, o Ciesp anunciou ter dado início a um estudo para atualizar as vocações industriais mais fortes de cada região do estado de São Paulo, por exemplo. A entidade, que tem 42 regionais e oito mil indústrias associadas, tem trabalhado em parceria com governos municipais e com o estadual e utilizará uma ferramenta de inteligência artificial para fazer simulações customizadas por região.

Agenda Positiva - O presidente do Ciesp, Rafael Cervone, que foi um dos signatários do termo de cooperação, disse que o Brasil precisa de uma agenda positiva e que a assinatura do acordo é o primeiro passo de um plano de ação para a indústria.

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Durante o evento, que aconteceu na capital paulista, Cervone também aproveitou para relembrar da proposta feita pelo BNDES no mês passado de criar uma espécie de “plano safra da indústria”. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, havia citado a ideia em um evento promovido pelas entidades no Dia da Indústria (25 de maio). O plano safra original foi criado em 2003 e é uma linha de investimentos destinada especificamente ao agronegócio.

De acordo com Cervone ainda, é importante contextualizar que a dívida das empresas aumentou 150% e hoje 43% dos brasileiros estão inadimplentes com contas que têm valor médio de R$ 4,7 mil. Ele também lembrou que 65% dos lucros das empresas têm sido usados para pagar impostos, o que, em sua visão, está “estrangulando o motor do desenvolvimento econômico do país”.

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“Tenho certeza de que a partir de hoje, vamos criar uma agenda positiva, criar uma onda que faça com que o Brasil saia dessa situação. Uma onda que traga mais emprego, renda, conhecimento, educação e um crescimento, não só para a indústria, mas para o Brasil todo”, disse Cervone.

Já Aloizio Mercadante afirmou, durante o evento, que hoje existem 520 bancos públicos no mundo e que eles representam 15% do investimento na economia mundial. “Vejam que os países que têm bancos públicos e agências de fomento mais estruturadas e presentes são os que mais cresceram nas últimas décadas. Olhem para a Ásia. Alguns tardiamente estão descobrindo ou redescobrindo a importância dessa relação”, disse Mercadante que também citou financiamentos públicos à indústria nos EUA e na União Europeia.

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Participaram do evento também Dan Ioschpe, presidente em exercício pela Fiesp, Sylvio Gomide, presidente do Conselho Superior da Micro, Pequena e Média da Indústria, e o deputado federal Vítor Lippi, membro do Grupo de Trabalho da Reforma Tributária.

Qual o papel do BNDES?
- Retomada do cartão de crédito do BNDES para micro, pequenas e médias empresas;
- Fortalecimento do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), com ampliação do acesso ao crédito para micro, pequenas e médias empresas (com a possibilidade de que o FGI seja estendido para o Cartão BNDES);
- Disponibilização de uma linha de inovação que será baseada na linha TR (em torno de 2%). Hoje a linha disponível é baseada na taxa TLP (Taxa de Longo Prazo), que gira em torno de 6%;
- Sob demanda, o BNDES poderá fazer trabalhos de campo em cada uma das regionais do Ciesp para entender as necessidades do empresariado e destravar o acesso ao crédito;

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Qual o papel do Ciesp e da Fiesp?
- Divulgação de forma permanente de todas as políticas e formas de atuação do banco;
- Realização de pesquisas e estudos periódicos;
- Intercâmbio de formações para aprimorar essas políticas com a divulgação das pesquisas feitas por seus técnicos;
- Realização de seminários e palestras com o intuito de levar informação;
- Promover rodadas de crédito;

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