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Economia

Agências de risco podem tirar alegria de Obama

Aliviado pelo acordo fechado no congresso, Barack Obama pode sofrer revs das agncias de classificao de risco; moodys, standard poors e Fitch avaliam termos; teto da dvida foi elevado em US$ 2,4 trilhes; bolsas caem

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Com um acordo fechado entre os líderes do Congresso dos EUA para elevar o teto da dívida do governo federal em US$ 2,4 trilhões e cortar os gastos em um valor equivalente durante 10 anos, as atenções agora se voltam para as três principais agências de classificação de risco do mundo.

Mesmo se evitar uma moratória (default), os EUA ainda podem perder o rating AAA se as agências - Standard & Poor's, Moody's and Fitch - considerarem que o plano não vai suficientemente longe para aliviar os desafios fiscais de longo prazo que o governo enfrenta.

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Dados os processos políticos envolvidos, as agências podem adiar a avaliação sobre os ratings dos EUA até depois do Dia de Ação de Graças, em novembro, para verificar as recomendações do comitê bipartidário especial que será criado de acordo com o plano aprovado ontem.

Até agora todas as três agências têm sido bastante sinceras sobre o processo e não se recusaram a expressar publicamente suas opiniões sobre a forma como o governo está lidando com a questão da dívida.

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"O acordo provisório nos EUA sobre um pacote fiscal fechado ontem à noite é um ganho de tempo sobre a questão do teto da dívida, mas não resolve confiavelmente o déficit fiscal e os riscos relacionados a um rebaixamento", disseram analistas do Barclays.

"Nós acreditamos que um plano de redução do déficit confiável de US$ 5 trilhões é necessário para estabilizar a relação entre dívida e PIB (Produto Interno Bruto) durante a próxima década. Consequentemente, o risco de um rebaixamento dos EUA permanece alto, na nossa opinião", afirmaram.

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A seguir, o noticiário do dia:

247, com agências internacionais - “Gostaria de anunciar que os líderes dos dois partidos em ambas as câmaras chegaram a um acordo que irá reduzir o déficit e evitar um default, um default que teria efeitos devastadores em nossa economia”.

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Estas foram as palavras do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em pronunciamento pela televisão, anunciando um acordo entre os partidos republicano e democrata em torno da elevação do teto da dívida americana. O acordo ainda depende de aprovação formal do Congresso, o que deve ocorrer nesta segunda-feira 1, mas o tom de Obama, e toda a evolução das negociações, indicam que o mundo está livre, neste momento, do maior calote da história. Uma vez aprovado, o acordo evitará um default capaz de impactar toda a economia mundial. A bolsa de Tóquio. Todas as bolsas asiáticas fecharam em alta.

Em troca da elevação do teto da dívida, o governo se comprometeu com um corte de gastos de longo prazo próximo de US$ 1 trilhão. Embora tenha reconhecido que o acordo alcançado não é o que considerava “ideal”, Obama destacou que a definição deste domingo encerra. “Este é o acordo que eu teria preferido? Não”, afirmou Obama. “Mas este processo já ficou confuso demais e já se estendeu por tempo suficiente”, declarou o presidente americano.

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Com um acordo fechado entre os líderes do Congresso dos EUA para elevar o teto da dívida do governo federal em US$ 2,4 trilhões e cortar os gastos em um valor equivalente durante 10 anos, as atenções agora se voltam para as três principais agências de classificação de risco do mundo.

Mesmo se evitar uma moratória (default), os EUA ainda podem perder o rating AAA se as agências - Standard & Poor's, Moody's and Fitch - considerarem que o plano não vai suficientemente longe para aliviar os desafios fiscais de longo prazo que o governo enfrenta.

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Dados os processos políticos envolvidos, as agências podem adiar a avaliação sobre os ratings dos EUA até depois do Dia de Ação de Graças, em novembro, para verificar as recomendações do comitê bipartidário especial que será criado de acordo com o plano aprovado ontem.

Até agora todas as três agências têm sido bastante sinceras sobre o processo e não se recusaram a expressar publicamente suas opiniões sobre a forma como o governo está lidando com a questão da dívida.

"O acordo provisório nos EUA sobre um pacote fiscal fechado ontem à noite é um ganho de tempo sobre a questão do teto da dívida, mas não resolve confiavelmente o déficit fiscal e os riscos relacionados a um rebaixamento", disseram analistas do Barclays.

"Nós acreditamos que um plano de redução do déficit confiável de US$ 5 trilhões é necessário para estabilizar a relação entre dívida e PIB (Produto Interno Bruto) durante a próxima década. Consequentemente, o risco de um rebaixamento dos EUA permanece alto, na nossa opinião", afirmaram.

 

Abaixo, o noticiário imediatamente anterior ao anúncio:

Agência Estado - Há menos de três dias do risco de o governo dos EUA ser obrigado a decretar default, líderes do Congresso disseram neste domingo que um acordo para aumentar o limite de endividamento do governo e resolver a crise de dívida está próximo de ser fechado. O porta-voz do líder da maioria no Senado, Harry Reid, informou que Reid aceitou o acordo sobre o teto de endividamento, mas que o bloco democrata no Senado também precisar aprovar.

O porta-voz disse que o voto no projeto pode ocorrer no final da noite de domingo, embora tenha alertado que a decisão final ainda não foi tomada. O líder dos democratas pretende finalizar os detalhes do rascunho do acordo em uma reunião com os parlamentares ou em uma conferência por telefone, informou o porta-voz.

O acordo prevê a elevação do teto do endividamento em US$ 2,4 trilhões em três etapas e o corte inicial de gastos no valor de US$ 900 bilhões durante 10 anos. Um comitê especial formado por parlamentares ficaria encarregado do levantar US$ 1,5 trilhão para financiamento do déficit por meio de uma revisão de impostos e mudanças em programas de segurança.

O aumento no teto do endividamento seria feito em três fases: US$ 400 bilhões iniciais; outros US$ 500 bilhões no final deste ano sujeitos a apreciação do Congresso; o terceiro aumento de US$ 1,5 trilhão seria suficiente para o governo cobrir todas as suas despesas até 2012, este também sujeito à apreciação do Congresso.

O mecanismo de apreciação do Congresso significa essencialmente que o Presidente Barack Obama autoriza o aumento no teto de endividamento após o voto do Congresso.

Um "super comitê" formado por seis democratas e seis republicanos ficará encarregado de encontrar uma forma de reduzir o déficit em cerca de US$ 1,5 trilhão. Isso pode vir principalmente pela mudança em programas como Social Security e Medicare e de uma revisão ampla de impostos.

Se o Comitê não conseguir resolver este item, o plano prevê uma redução automática do déficit em US$ 1,2 trilhão, que poderia ser em parte com gastos na defesa e parte em outros gastos, incluindo pagamentos aos fornecedores do Medicare. Os cortes não afetariam programas para população de baixa renda, aposentadoria Medicaid e outras áreas da saúde.

O acordo também prevê que o Congresso vote uma emenda de Orçamento equilibrado. Antes de os detalhes terem sido divulgados no domingo pela manhã, os líderes do Congresso falaram amplamente sobre as discussões. "Posso dizer com muita confiança que o aumento no teto do endividamento evitará o default", disse o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell a CNN no sábado.

O senador Charles Schumer, democrata importante de Nova York, também em conversa com a CNN disse no começo do dia que as negociações estão em andamento: "Se existe uma palavra exata para expressar o ânimo é alívio."

Após a manifestação dos dois senadores, o Senado rejeitou o projeto do senador Reid para elevar o teto da dívida e reduzir o déficit em US$ 2,2 trilhões. O plano do líder da maioria democrata teve 50 votos contra 49, quando precisava de ao menos 60 votos para ser aprovado.

Em Washington, os líderes enfrentam o prazo limite do dia 2 de agosto, terça-feira, no qual o limite de endividamento de US$ 14 29 trilhões precisa ser elevado para que o governo possa cumprir com suas obrigações financeiras.

O porta-voz do líder dos republicanos alertou no começo do dia que um acordo ainda não estava garantido. "As discussões estão se movendo na direção certa, mas o assunto ainda não está resolvido e nenhum acordo será finalizado até que todos tenham a chance de avaliá-lo", afirmou o porta-voz.

O possível acordo será suficiente para salvar a economia norte-americana de despencar no precipício e voltar à recessão, afirmou Mark Zandi, economista da Moodys.com. Zandi afirmou à CNN que o acordo que está sendo desenhado em Washington parece ser suficiente para dar um "impulso" à recuperação da economia ao evitar o pior impacto de um potencial default, incluindo o aumento nas taxas de juros. O economista alertou que as consequências econômicas de um default, e a possibilidade de uma rebaixamento no rating pela Moody's ou Standard & Poor's, torna crucial a decisão sobre o teto do endividamento.

 

 

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