Alckmin e Meirelles têm praticamente as mesmas propostas para a economia - que são as de Temer

247 - As diferenças entre as propostas econômicas dos candidatos à presidência podem ser maiores ou pequenas conforme a leitura que se faz. Um estudo proposto pelo jornal Folha de S. Paulo elaborou uma metodologia baseada em uma 'escala multidimensional'. São 30 temas econômicos projetados nos 13 candidatos à presidência. Nesse espectro, João Goulart Filho (PPL) e João Amoêdo (Novo) estão em sentidos extremos e opostos e Alckmin e Meirelles, praticamente propõem a mesma coisa.

A reportagem destaca que "o algoritmo usado aqui é comum em estudos do Legislativo. De acordo com uma série de votações, parlamentares são posicionados no mapa de acordo com seus votos, em pontos chamados de “pontos ideológicos”. Tipicamente o eixo horizontal se divide entre esquerda-direita."

E prossegue, desenhando a metodologia de prospecção de propostas com exemplos: "Boulos fala em investimento público, mexida no câmbio e emprego garantido pela União (e até relativiza a propriedade privada)."

Segundo a metodologia, "programas enxutos merecem uma ressalva adicional. Uma campanha pode, para se proteger de ataques, não mencionar formalmente uma proposta no plano de governo. Por isso, usar os planos de governo para criar o mapa desta página provocaria alguma perda de fidedignidade em relação ao que realmente pretendem os candidatos."

E detalha quando é o caso específico de propostas "excluídas" do programa, mas que fazem parte do ideário do candidato: "o caso de Ciro Gomes (PDT) e a recriação da CPMF, e de Geraldo Alckmin e a maior liberdade no uso do FGTS: as duas propostas são conhecidas das candidaturas, mas não integram oficialmente o plano de governo."