Alívio no mercado: Bolsa fecha em alta de 1,62%

Marco Damiani e Marcio Kroehn_247 – Os mercados acionários voltaram a respirar aliviados. O Ibovespa fechou o dia em alta de 1,62%, aos 60.669 pontos. Na Europa, França, Alemanha e Inglaterra encerrar com ganhos de 0,51%, 1,31% e 0,64%, respectivamente. As bolsas americanas vão terminar o dia no azul. Após o susto do início da semana, com a ameaça de calote americano e novos problemas com a dívida soberana dos países europeus, os investidores sentiram uma brisa com a divulgação do PIB da China, de 9,5%.

Entre as baixas do dia, Gol e Natura caíram 1,10% e 1,35%, respectivamente. A Brasil Foods, que ficou um período suspensa de negociações (leia abaixo), terminou a quarta-feira em alta de 9,77%. Na esteira dessa alta, o JBS subiu 7,00%. E a Cyrela, 6,23%.

FINAL DA TARDE - A BM&FBovespa autorizou a volta das negociações com as ações da BRFoods, que estavam suspensas até a decisão do Cade sobre a fusão de Sadia e Perdigão. No meio da tarde, o papel BRFS3 recebeu o sinal verde e disparou. Às 15h40, subia 10,4%, enquanto o Ibovespa ganhava 1,7%. Outro destaque do dia é a ação da Cyrela, que anunciou um programa de recompra de ações e gerou uma alta de mais de 6%.

MEIO DA TARDE - O Cade aprovou a fusão da Brasil Foods com restrições (leia aqui). O investidor não precisa estranhar ao não encontrar os papéis BRFS3 ausentes do pregão desta quarta-feira. A BM&FBovespa suspendeu as negociações com a ação, antes da abertura de mercado, para evitar especulações e bruscas oscilações. Às 13h45, o Ibovespa estava em alta de 1,7%. Rossi e Cyrela eram as ações com as maiores altas no momento, com valorização de mais de 5% no dia.

INÍCIO DA TARDE - A bolsa vive uma quarta-feira diferente. Depois de seis quedas consecutivas, o Ibovespa experimenta, novamente, a alta. Às 12h15, o principal índice do mercado acionário brasileiro subia 1,6% e retornava à casa dos 60 mil pontos. A euforia não contabilizava as ações da Brasil Foods, que estão com as negociações suspensas pela BM&FBovespa até que a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a fusão Sadia-Perdigão aconteça. Os conselheiros do órgão estão reunidos desde às 10 horas de hoje e, nas próximas horas, o futuro da gigante do setor de alimentos deverá ser conhecido. Veja, abaixo, o comunicado da bolsa:

"A partir do pregão de 13/07/2011, e até nova orientação, ficam suspensos os negócios com as ações de emissão dessa empresa, no aguardo da decisão do CADE e manifestação da BRF Foods”

MANHÃ - Ufa! No momento em que o Ibovespa passou a noite abaixo dos 60 mil pontos, uma boa notícia vinda da China aliviou o cenário internacional e o dia começou melhor nos pregões do mundo – com reflexo direto na bolsa de São Paulo. O índice abriu em alta de 0,90% e registrava mais 0,84% às 11h00, refletindo o alívio pela informação de que o PIB chinês cresceu 9,5%. Ao mesmo tempo, notícias de que os italianos formaram um consenso em torno de cortes de 47 bilhões de euros nos gastos públicos igualmente ajudaram no clima mais ameno em relação aos últimos dias. Nos Estados Unidos, depois de o presidente Barack Obama ter admitido que pode não haver dinheiro para pagar os cheques do seguro social já em agosto, as negociações para a ampliação do teto de gastos do governo continuam. US$ 14,5 trilhões já não são mais suficientes para honrar os compromissos do país com o mercado – mas a possibilidade de calote, pelo menos nesta manhã, parece ter sido colocada em segundo plano.