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Aloizio Mercadante é escolhido personalidade econômica do ano pelo Cofecon

Presidente do BNDES recebe reconhecimento do Sistema Cofecon/Corecons por trajetória e contribuição à economia brasileira, e instituição também é premiada

Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (Foto: BNDES/Divulgação )

247 - O economista Aloizio Mercadante foi escolhido como Personalidade Econômica do Ano 2025 pelo Sistema Cofecon/Corecons, em reconhecimento à sua trajetória profissional e à contribuição considerada relevante para a economia brasileira. A decisão foi tomada durante a 748ª Sessão Plenária do Conselho Federal de Economia (Cofecon), realizada nos dias 12 e 13 de dezembro, em Brasília.

De acordo com o Sistema Cofecon/Corecons, a escolha valoriza a atuação de Mercadante à frente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição também foi contemplada com o Prêmio Destaque Econômico 2025, na categoria Desempenho Técnico, honraria que o banco receberá pelo segundo ano consecutivo.

Criado em 2004, o Prêmio Personalidade Econômica é concedido anualmente a profissionais que se destacam em diferentes áreas da Economia. A premiação reconhece economistas cuja atuação contribui de forma significativa para o desenvolvimento da ciência econômica e para a valorização da profissão. Com a escolha, Aloizio Mercadante se torna o 21º economista a receber a distinção.

Economista formado pela Universidade de São Paulo (USP), Mercadante possui mestrado e doutorado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). É professor licenciado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da própria Unicamp. Sua trajetória inclui ampla experiência política e administrativa, com mandatos como deputado federal entre 1991 e 1995 e de 1999 a 2003, além de senador entre 2003 e 2011.

Ao longo da carreira, também ocupou cargos no Executivo federal, tendo sido ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação entre 2011 e 2012, ministro da Educação nos períodos de 2012 a 2014 e de 2015 a 2016, e ministro-chefe da Casa Civil entre 2014 e 2015. Atualmente, preside o BNDES.

Segundo o Cofecon, a escolha do nome de Mercadante reconhece sua contribuição à implementação de políticas públicas estratégicas e ao desenvolvimento da ciência econômica, além de reforçar o compromisso do conselho com a valorização de profissionais que marcaram a história da profissão no país. A solenidade de entrega da honraria está prevista para 2026, durante a cerimônia de posse da nova diretoria do Cofecon, em data que ainda será confirmada.

BNDES consolida protagonismo no desenvolvimento econômico e na agenda sustentável

Sob a presidência de Aloizio Mercadante, o BNDES viveu, entre 2023 e 2025, um ciclo de forte reposicionamento institucional e resultados expressivos, reconhecidos tanto por organismos oficiais quanto pela ampla cobertura da imprensa. O banco reassumiu papel central na política de desenvolvimento, com foco na reindustrialização, na ampliação do crédito produtivo e no estímulo à inovação, articulando programas estruturantes como a Nova Indústria Brasil e o fortalecimento do financiamento ao agronegócio, à infraestrutura e às exportações. No período, o BNDES ampliou sua capacidade de indução econômica, combinando escala financeira, rigor técnico e alinhamento às diretrizes de crescimento sustentável, o que contribuiu para a retomada de investimentos estratégicos e para a geração de emprego e renda.

Em 2024, o BNDES alcançou resultados históricos, com geração de crédito de R$ 276,5 bilhões, valor 26% superior ao de 2023, incluindo financiamentos aprovados e operações de garantia, configurando a maior injeção de recursos já realizada pelo banco na economia brasileira. O desempenho financeiro acompanhou esse avanço, com lucro líquido de R$ 26,4 bilhões, crescimento de 20,5% em relação ao ano anterior, posicionando a instituição entre as três mais lucrativas do sistema financeiro nacional. Os recursos foram direcionados a projetos estratégicos em infraestrutura, indústria de transformação, agronegócio, comércio e serviços, fortalecendo o papel do BNDES como principal indutor do investimento produtivo. Já em 2025, o banco manteve trajetória robusta: no primeiro semestre, registrou lucro de R$ 13,3 bilhões e ampliou em 56% a injeção de crédito, que atingiu R$ 129,6 bilhões no período, enquanto os ativos totais cresceram R$ 204,2 bilhões desde o início de 2023, alcançando R$ 888 bilhões, um avanço de 30% em relação a 2022, evidenciando a expansão consistente da capacidade financeira da instituição.