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Economia

Americanas demite empregados terceirizados, mas nega início de demissão em massa

Foram demitidos cerca de 60 empregados terceirizados nas cidades do Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo

Carlos Alberto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles (Foto: Reprodução | Divulgação/Expert)
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Infomoney - A Americanas demitiu cerca de 60 empregados terceirizados na última terça-feira (31) nas cidades do Rio de Janeiro, Porto Alegre (RS) e São Paulo. A informação foi confirmada por Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo. As demissões ocorreram em função do término de contratos entre as empresas terceirizadas e a Americanas, que já estava previsto para o último dia de janeiro de 2023.

“Esses funcionários [indiretos] não são da base do sindicato, mas a demissão desse grupo sinaliza que vamos ter problemas mais para frente. Já vimos esse filme de terror com o Mapping, Mesbla, Lojas Glória e outros casos e não queremos que se repita. Por isso, queremos uma posição contundente da Justiça e do Governo para garantir os direitos dos trabalhadores”, afirma Patah ao InfoMoney, por telefone.

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Em nota, a Americanas corrobora com a informação, explica que “interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados” e ressalta que “não iniciou nenhum processo de demissão de funcionários [diretos]”.

A companhia, que entrou em recuperação judicial por conta de dívida de cerca de R$ 43 bilhões, é um dos maiores empregadores do país. Ao todo, são cerca de 45 mil trabalhadores diretos e cerca de 1.800 lojas físicas, além de centenas de milhares de trabalhadores indiretos.

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“A Americanas atua nesse momento na condução de seu processo de Recuperação Judicial, cujo um dos objetivos é garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia. O plano de recuperação definirá quais serão as ações da empresa para os próximos meses e será amplamente divulgado assim que for finalizado”, disse a varejista em nota enviada ao InfoMoney.

No último dia 30, as centrais sindicais dos comerciários fizeram uma reunião com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em São Paulo, para discutir o processo de recuperação judicial. Na conversa, foi reforçada a necessidade de garantia dos empregos e dos direitos dos milhares de trabalhadores diretos e de centenas de milhares de trabalhadores de toda a rede de fornecedores.

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Durante uma recuperação judicial, os contratos de trabalho são mantidos e os salários e verbas correntes devem ser pagas mensalmente pela empresa aos empregados. E não necessariamente acontecem demissões. Porém, advogados consultados pelo InfoMoney explicam que é muito comum desligamentos serem feitos com o objetivo de reduzir custos e reestruturar o negócio diante de uma crise dessa magnitude. De qualquer maneira, se um funcionário for demitido durante o processo de RJ ele tem garantido todos os direitos rescisórios.

Manifestações

Os trabalhadores das Americanas farão uma manifestação nacional nesta sexta-feira (3) em defesa de seus direitos diante da crise. Os atos serão concentrados no Rio de Janeiro, sede da empresa, e vão começar na Rua do Passeio, 42, Cinelândia. Participarão da manifestação as seguintes entidades: Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), CTB, Força Sindical (FS), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Confederação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).

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