Após prisão de presidente, Moody's revisa nota da Odebrecht
Agência de classificação de risco Moody's colocou em revisão para rebaixamento as notas de escala brasileira e global da Odebrecht, após a prisão do presidente da companhia devido a acusações de que executivos seriam protagonistas no esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras; empresa é atualmente classificada em "Baa3" em escala global, classificação mais baixa dentro da categoria de grau de investimento, e "Aa1.br" na escala brasileira; revisão da nota depende da capacidade da empresa de amparar suas operações enquanto se desenrolam as investigações
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Reuters - A agência de classificação de risco Moody's colocou em revisão para rebaixamento as notas de escala brasileira e global da Odebrecht, após a prisão do presidente da companhia devido a acusações de que executivos seriam protagonistas no esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras.
A empresa é atualmente classificada em "Baa3" em escala global, classificação mais baixa dentro da categoria de grau de investimento, e "Aa1.br" na escala brasileira. Segundo a agência, a revisão da nota dependerá da capacidade da empresa de amparar suas operações enquanto se desenrolam as investigações, levando em conta que a Odebrecht atualmente tem liquidez para cobrir todas suas obrigações.
"Na medida em que as questões atuais possam ser esclarecidas e resolvidas sob o curso normal da justiça, com implicações restritas ou gerenciáveis para os negócios domésticos e internacionais da companhia e para o seu perfil de liquidez, os ratings podem ser confirmados nos níveis atuais", afirmou a Moody's em comunicado.
"Por outro lado, os ratings... podem ser rebaixados se a Moody's perceber aumento dos riscos oriundos dessas investigações, tais como redução da liquidez para cumprir com o serviço das dívidas ou redução significativa no seu portfólio de projetos que resultaria prospectivamente em maior alavancagem e perfil de negócios enfraquecido".
A prisão de Marcelo Odebrecht integra nova fase da Operação Lava Jato, com foco em contas no exterior com pagamento de propina. No total, a investigação motivou até agora a acusação de mais de 100 pessoas e nomeou dezenas de políticos.
O escândalo fez com que diversas construtoras fossem bloqueadas de fazer negócios com a Petrobras e economistas dizem que essa situação tem piorado as perspectivas para a economia brasileira dado o peso relevante do setor de óleo e gás no Produto Interno Bruto (PIB).
(Por Bruno Federowski)
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: