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Economia

Após produzir o maior rombo da história, Meirelles quer a presidência

Embora tenha fracassado como ministro da Fazenda e produzido o maior rombo fiscal da história do País, decorrente de sua depressão econômica, Henrique Meirelles acredita ter condições de disputar a presidência da Repúblia em 2018

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anuncia medidas para reduzir os gastos públicos (José Cruz/Agência Brasil) (Foto: Leonardo Attuch)
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BRASÍLIA (Reuters) - Cotado para ser candidato à Presidência em 2018 desde que assumiu o cargo de ministro da Fazenda, Henrique Meirelles quer se candidatar e teria o apoio de seu partido, o PSD, mas sabe que só terá chances reais com uma melhora respeitável da economia, disse à Reuters uma fonte próxima ao ministro.

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O nome de Meirelles surge como alternativa para a Presidência desde sua nomeação como ministro pelo presidente Michel Temer. Até mesmo em especulações sobre um possível afastamento do presidente, envolvido em denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República, o ministro aparecia como uma das hipóteses em uma eleição indireta.

Meirelles, no entanto, nunca falou publicamente sobre o assunto. Nas vezes em que foi questionado diretamente, evitou responder.

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De acordo com a fonte, no entanto, o ministro tem todo o interesse em ser sim candidato.

“Mas ele sabe que tudo depende da economia, Se tivermos resultados significativos ele é um forte candidato”, disse. “Como um Fernando Henrique foi para Itamar.”

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Nos últimos meses, o ministro fez alguns movimentos considerados mais políticos, como a participação em dois encontros com pastores evangélicos e até a criação de uma conta na rede de microblogs Twitter, administrada por sua assessoria, onde costuma comentar os resultados positivos da economia.

Na última segunda-feira, o ministro foi escalado para uma entrevista ao final de reunião ministerial chamada por Temer, onde apresentou róseas perspectivas para a economia. Se os dados apresentados por Meirelles se confirmarem, o país poderá entrar em 2018 com um ritmo de crescimento de até 3 por cento, o que poderia ajudar as chances de uma candidatura Meirelles.

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De acordo com a fonte, seu partido é entusiasta da ideia de colocar Meirelles na cédula em 2018. “Certamente o PSD estaria 100 por cento em apoio a essa ideia”, disse.

Ainda há muitas variáveis na possibilidade para o PSD considerar alianças, mas sabe-se que o PSDB, partido ao qual Meirelles foi filiado, não quer a candidatura do ministro. A disputa velada interna do partido --entre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito de São Paulo, João Doria-- já dificulta a escolha de um candidato próprio.

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O PMDB seria uma hipótese --uma das promessas do presidente para conquistar Meirelles para seu ministério foi a possibilidade de uma candidatura à Presidência com aval do partido-- mas tudo dependerá de como Temer passar pelos próximos meses de governo.

“É muito cedo para discutir isso ainda, tem muita coisa para acontecer”, disse a fonte.

Procurado pela Reuters, Meirelles disse que seu foco agora está apenas no trabalho no ministério.

“No momento, eu estou totalmente concentrado no meu trabalho como ministro da Fazenda. O importante hoje é que o Brasil volte a crescer e a gerar empregos. Isto é o que interessa aos brasileiros e esta é a minha responsabilidade. Não fico pensando em hipóteses”, disse o ministro por meio de sua assessoria. 

O ministro da Fazenda já ensaiou candidaturas a cargos públicos mais de uma vez. Em 2002, foi eleito deputado federal por Goiás pelo PSDB, mas deixou o mandato e o partido para ser presidente do Banco Central nos dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 2009 filiou-se ao PMDB, na esperança de ser candidato ao governo de Goiás, mas foi preterido quando o partido preferiu Íris Rezende. Outra possibilidade era compor a chapa como candidato a vice da petista Dilma Rousseff, mas a vaga ficou com Temer, que era o presidente do PMDB.

Em 2011, mudou para o PSD no limite da janela eleitoral para as eleições municipais de 2012 e mudou o domicílio eleitoral para São Paulo, mas terminou por não ser candidato a nenhum cargo eletivo.

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