Avaliações econômicas
Os próximos meses trarão notícias que poderão recuperar a imagem perdida por Dilma. A confiança dos agentes econômicos já está perdida, e agora a população começa a retrair seu apoio
Iniciamos a segunda metade do ano, sem o clima futebolístico, que deu lugar ao despertar do povo brasileiro em ações e reações que serão vistas ao longo de todo o resto do ano. A expectativa é que este segundo semestre comece com algumas alterações significativas, e que tenha tudo para ser o segundo semestre mais marcante da história recente da economia e da política nacional.
Os novos meses que teremos pela frente são de fundamental importância pois, caso agrave o status econômico nacional, haverá forte desidratação do capital político do governo, que associado a perda de apoio popular, poderá escrever um fim de mandato melancólico ao governo Dilma.
Dentro de nossas expectativas, recaem os números do crescimento do PIB, o nível de investimentos prometidos pelo governo federal, volta à realidade do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, que insiste em se manter ilhado em um mundo irreal da economia. Outro problema é a imobilidade governamental representada pela imoralidade de se manter 39 ministérios. Enfim, uma série de resultados que precisam aparecer a fim de referendar o governo.
Alguns atores da economia internacional contribuem para melhorar ou agravar a situação da economia brasileira. Estão em um momento marcante China e Eua. Vamos aos fatos:
China: o modelo exportador chinês garantiu sem dúvida um crescimento econômico ímpar, mesmo com um endividamento alto. Foi o consumidor mundial de commodities, principalmente minérios e vê agora a necessidade de um ajuste em seu modelo exportador. A ideia deste ajuste econômico já estava em pauta, porém o momento que isso ocorreria era a nossa maior dúvida. Aparentemente, o momento escolhido é o atual. Com a mudança de líder, o governo chinês já se adequou a máquina pública, e agora percebe que, o empobrecimento de sua população para financiar o baixo custo dos produtos cobra seu preço. O mercado doméstico existe em função da quantidade populacional, mas não possui uma qualidade de consumo maduro. Desta maneira, o governo chinês precisa criar um mercado interno onde sua população precisa acessar as benesses do desenvolvimento econômico. Para gerar demanda por produtos nacionais, o caminho para tal sucesso é a elevação da renda de seus trabalhadores, concessão de benefícios sociais e, por conseguinte valorização da moeda nacional frente as moedas estrangeiras. Esta reversão faria com que alguns produtos chineses perdessem mercado externo, mas ocorresse compensação com o crescimento interno do potencial de consumo. Outro ponto embrionário nesta mudança é a necessidade de imputar nos seus empresários o risco da tomada do capital e minimizar ao máximo a proteção econômica aos arroubos.
Desta maneira, significa que a pauta de exportação da China poderá ser alterada, e se planejarmos os investimentos necessários a indústria de transformação, o que pode ser uma perda substancial de recursos, transforma-se em oportunidade. Um ponto importante é que as contas nacionais, em deterioração poderão se agravar ainda mais sem a entrada de recursos oriundos das exportações.
EUA: O Fed está decidido a reduzir a enxurrada de dólares no mundo. A economia estadunidense não está recuperada, e as bases econômicas ainda não estão preparadas para a retirada dos incentivos. A ruptura do modelo retardará a retomada econômica mundial.
Enfim, os próximos meses trarão notícias que poderão recuperar a imagem perdida por Dilma. A confiança dos agentes econômicos já está perdida, e agora a população começa a retrair seu apoio.
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