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Economia

BC atua, mas dólar sobe 2,4% e fecha a R$ 2,45

Leilões promovidos pelo Banco Central, comandado por Alexandre Tombini, foram insuficientes para deter a alta da moeda americana; para esta quinta, BC promete munição pesada: leilões de US$ 4 bilhões

Leilões promovidos pelo Banco Central, comandado por Alexandre Tombini, foram insuficientes para deter a alta da moeda americana; para esta quinta, BC promete munição pesada: leilões de US$ 4 bilhões (Foto: Leonardo Attuch)
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Por Tiago Pariz e Bruno Federowski

SÃO PAULO, 21 Ago (Reuters) - O dólar avançou mais de 2 por cento ante o real e renovou a máxima em quase cinco anos ao chegar ao patamar de 2,45 reais, diante de forte movimento especulativo e após investidores interpretarem a ata da última reunião do Federal Reserve como um sinal de que a redução do estímulo nos Estados Unidos está próxima.

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O movimento aconteceu mesmo com a forte atuação do Banco Central brasileiro, que fez dois leilões de swap cambial tradicional --equivalentes a venda futura de dólares--, anunciou mais um para a próxima sessão e, após o fechamento dos negócios, divulgou que fará um leilão de linha na quinta-feira.

O dólar avançou 2,39 por cento, para 2,4512 reais na venda, após tocar 2,4523 reais na máxima do dia. É o maior nível de fechamento desde 9 de dezembro de 2008, quando ficou em 2,473 reais na venda, auge da crise internacional.

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"O mercado lá fora piorou devido ao Fed e, como aqui o mercado está estupidamente especulativo, a notícia que era um pouco ruim lá fora fica aqui péssima", afirmou o operador de uma corretora internacional.

A ata da última reunião do Fed mostrou que apenas alguns integrantes do banco central norte-americano acreditam que o momento de reduzir o estímulo monetário no país está próximo, mas fez pouco para dissuadir a expectativa disseminada de que isso deve ocorrer já em setembro.

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Investidores mantêm os olhos abertos para quaisquer sinais sobre a eventual redução do ritmo de compra de títulos do Fed, uma vez que, quando ocorrer, reduzirá a oferta de dólares nos mercados globais, catapultando as cotações da divisa dos EUA.

No entanto, o avanço do dólar no Brasil era mais forte do que o observado em relação a outras moedas de países emergentes. Sobre uma cesta de moedas, o dólar tinha alta de 0,5 por cento.

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"O negócio perde um pouco a lógica, vendo o tamanho da valorização da moeda comparada com outros países", disse o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold.

Segundo ele, a pressão de fortalecimento do dólar vem principalmente do mercado futuro, com o que chamou de um "ataque especulativo" à moeda, e que as condições de liquidez no mercado à vista estão normais. Essa tese é corroborada pelos dados mais recentes do fluxo cambial, que mostraram entrada líquida de 812 milhões de dólares na semana passada.

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Leia ainda reportagem da Agência Brasil sobre a estratégia do BC para esta quinta:

BC fará dois leilões nesta quinta-feira para venda de até US$ 4 bilhões

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Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Banco Central (BC) distribuiu comunicado ao mercado, no final da tarde de hoje (21), no qual anuncia que fará dois leilões amanhã (22) para venda de até US$ 4 bilhões no mercado interbancário de câmbio. Serão leilões compromissados com recompra futura pela autoridade monetária.

Os leilões, a cargo do Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin) estão agendados para as 11h15 e 11h30, e deles poderão participar, exclusivamente, instituições credenciadas pelo BC para operar câmbio, conhecidas no jargão do mercado como “dealers”.

As operações de venda serão liquidadas no dia 26 e as liquidações de compra pelo BC ocorrerão em 1º de novembro deste ano e 1º de abril do ano que vem, respectivamente. A taxa de câmbio para acolhimento das propostas será a taxa de venda registrada pelo BC no boletim das 11 horas de amanhã.

O uso das reservas internacionais para enfrentar a alta cotação da moeda norte-americana, que hoje ultrapassou R$ 2,45, faz parte da estratégia do presidente do BC, Alexandre Tombini, que cancelou uma viagem que faria hoje aos Estados Unidos para reunião com dirigentes de bancos centrais.

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