BC: controle da inflação está difícil
Ata da reunio do Copom tambm sinaliza que alta de juros dever continuar
AE - A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), divulgada hoje, continuou a identificar riscos à convergência da inflação para a meta. "O Copom reconhece um ambiente econômico em que prevalece nível de incerteza acima do usual, e identifica riscos à concretização de um cenário em que a inflação convirja tempestivamente para o valor central da meta", informou o documento. Por isso, a ata sinaliza que o processo de aumento dos juros básicos deverá ser mantido.
Em sua última reunião, o Copom decidiu elevar a Selic (a taxa básica de juros da economia) de 11,75% para 12,00% ao ano. O objetivo é conter a inflação e fazê-la convergir para a meta do governo, de 4,50%, com margem de tolerância de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Em relação ao cenário internacional, a ata destacou que, desde a última reunião do Copom, fatores de estímulo e seus reflexos sobre preços de ativos apontam baixa probabilidade de reversão do processo de recuperação em que se encontram as economias do G-3 (grupo das três maiores economias do mundo). "Em outra perspectiva, ainda revelam influência ambígua do cenário internacional sobre o comportamento da inflação doméstica."
No Brasil, a diretoria colegiada salientou que as ações macroprudencias e, principalmente, as ações convencionais de política monetária (aumento de juros) implementadas recentemente ainda terão seus efeitos incorporados à dinâmica dos preços. "Embora as incertezas que cercam o cenário global e, em menor escala, o doméstico, não permitam identificar com clareza o grau de perenidade de pressões inflacionárias recentes, o Comitê avalia que o cenário prospectivo para a inflação não evoluiu favoravelmente", considerou o Copom.
Crédito
O Copom afirmou na ata de sua última reunião que "considera oportuna a introdução de iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito". A autoridade monetária não especificou quais subsídios ela deseja que sejam retirados, mas vale lembrar que um grande volume está concentrado nos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) às empresas.
De acordo com a ata do Copom, o cenário central contempla moderação no ritmo de crescimento do mercado de crédito, "para a qual contribuem ações macroprudenciais e ações convencionais de política monetária recentemente adotadas".
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