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Economia

BC prevê inflação de 9% e queda de 1,1% do PIB

Estimativas de inflação para este ano indicam estouro do teto da meta (6,5%), conforme previsão que consta do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quarta-feira 24

Estimativas de inflação para este ano indicam estouro do teto da meta (6,5%), conforme previsão que consta do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quarta-feira 24 (Foto: Gisele Federicce)
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BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central reduziu ligeiramente sua previsão sobre a inflação em 2016, ainda acima do centro do meta, argumentando que as expectativas para o próximo ano continuam não ancoradas, num sinal de que o aperto monetário deve ser mais intenso.

Pelo Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quarta-feira, o BC também repetiu que é necessário "perseverança e determinação" para combater a alta de preços na economia.

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"As expectativas de inflação para o final de 2016 ainda mostram diferença relevante em relação à meta. Isso, a despeito da queda em comparação com os níveis observados no Relatório de Inflação de março e da significativa elevação das expectativas de inflação para o ano corrente", trouxe o documento.

"Esses fatos constituem um importante sinal sobre os efeitos da estratégia atual de política monetária", completou.

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O BC passou a ver o IPCA a 4,8 por cento no próximo ano, sobre 4,9 por cento antes, ainda não atingindo os 4,5 por cento perseguidos no centro da meta, que tem margem de dois pontos percentuais para mais menos.

O mercado aguardava a divulgação do dado para calibrar suas expectativas em relação aos próximos passos do aperto monetário conduzido pelo BC, que vem repetidamente reiterando seu compromisso em levar o IPCA para o cento da meta.

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A inflação surpreendeu em maio ao acelerar a alta a 0,74 por cento, acumulando em 12 meses 8,47 por cento. A prévia para o desempenho do índice em junho continuou mostrando pressão, com o IPCA-15 subindo 0,99 por cento neste mês, a maior alta em quase 20 anos.

Em meio ao persistente avanço nos preços, guiado principalmente pelo reajuste de preços administrados, o BC elevou a Selic em 0,5 ponto percentual no início do mês, a 13,75 por cento ao ano, na quinto ajuste consecutivo dessa magnitude.

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Na ata da decisão, a autoridade monetária já havia endurecido o discurso ao afirmar que havia a necessidade de "determinação e perseverança" --palavras repetidas no relatório divulgado mais cedo-- no combate à inflação, o que acabou levando a maior parte dos especialistas a acreditar que o atual ciclo de aperto monetário poderia ser mais intenso do que o esperado.

"(O BC) mantém o ciclo de ajuste, possivelmente com mais uma alta de 50 pontos base e aí fica a dúvida se tem mais uma alta de 50 pontos base ou 25 pontos base na outra reunião do Copom", disse o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo, em relação ao encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) que será realizado no fim de julho.

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No mercado futuro de juros, os DI abriram esta sessão em forte alta, reforçando as apostas de que o atual ciclo deve ser mais intenso do que o esperado até então. Segundo operadores, as apostas agora mostram que a Selic vai subir a 14,75 por cento ao ano, acima dos 14,50 por cento esperados até a véspera.

Para o IPCA em 2015, o BC estimou avanço de 9,0 por cento, acima dos 7,9 por cento de antes e bem próximo ao aumento de 8,97 por cento projetado por economistas de instituições financeiras no último boletim Focus. E o BC vê chance de cerca de 99 por cento de a meta não ser cumprida neste ano e de 11 por cento em 2016.

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Em relação à atividade econômica neste ano, o BC piorou sensivelmente suas estimativas, passando a ver contração de 1,1 por cento no Produto Interno Bruto (PIB), na comparação com projeção anterior de retração 0,5 por cento.

E, em 4 trimestres, vê o PIB encolhendo 0,8 por cento até o primeiro trimestre de 2016.

(Por Marcela Ayres; Reportagem adicional de Silvio Cascione)

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