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Economia

Belga Solvay faz oferta pela Rhodia

Negcio de 3,4 bi de euros criaria um dos maiores grupos qumicos do mundo, com forte presena no Brasil

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Roberta Namour, de Paris - Em meio à enxurrada de notícias da participaçāo da França em conflitos na Costa do Marfim e na Líbia, que monopolizaram a imprensa nacional nas últimas semanas, eis que surge enfim uma informação que mexe com o orgulho dos franceses. O grupo belga da indústria química Solvay lançou às 7h da manhã de hoje uma oferta pública de compra da sua concorrente francesa Rhodia, de 3,4 bilhões de euros. A Rhodia é um dos mais tradicionais grupos empresariais franceses e o negócio tiraria do país o controle do capital da empresa, embora esteja previsto que um francês assuma o comando do novo conglomerado no próximo ano. A união das duas empresas resultará no nascimento de um novo gigante do setor no mundo. O preço proposto é o de 31,60 euros por ação. O valor é 50% superior ao obtido no fechamento da bolsa da sexta-feira e 44% maior do que a média dos últimos três meses. A transação será paga com parte dos 4,5 bilhões de euros da Solvay em caixa, obtidos com a venda de sua divisão farmacêutica à americana Abbott. A belga, que pretende finalizar a operação até o mês de agosto, afirma ter recebido o aval dos conselheiros administrativos dos dois grupos.

Segundo o especialista em fusões e aquisições da Axa IM, Hervé Mangin, no entanto, a Rhodia não foi a primeira escolha da Solvay. O grupo belga visava a compra da Danisco, que foi incorporada recentemente pelo americano DuPont. Por que então essa escolha? “O preço é atrativo, a exposição da Rhodia nos mercados emergentes é elevada e a Solvay pode recuperar um CEO para substituir o seu em breve“, afirma Mangin. O CEO da Rhodia, Jean-Pierre Clamadieu, que vai  integrar o Comitê Executivo da Solvay, confirmou que poderá suceder Christian Jourquin, 62 anos, que se aposentará em 2012.

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Mas o interesse central da empresa belga pela Rhodia parece mesmo ser o aumento de sua participação em mercados emergentes. A parcela das vendas em economias de rápido crescimento subirá para 40% do total. E nesse ponto, o Brasil é uma das estrelas mais visadas. A francesa Rhodia é muito forte na China e no Brasil, e quase 50% de suas vendas vieram das regiões de alto crescimento em 2010. No Brasil, a empresa possui cinco grandes unidades industriais e seu faturamento superar R$ 1 bilhão. “Nós vemos a possibilidade de dobrar nosso EBITDA global, para quase 2 bilhões de euros, e de criar uma plataforma químicia potencialmente maior“, declarou Christian Jourquin, CEO da Solvay.

As empresas afirmam que nenhuma demissão foi prevista. Segundo os CEOs, as funções das duas são complementares e a integração será feita de forma tranquila. “Nos unindo a Solvay, iremos acelerar o desenvolvimento de nossas atividades, nos beneficiando de uma estrutura financeira forte, da liderança de mercado e de uma exposição geográfica excepcional“,  afirma Jean-Pierre Clamadieu, presidente da Rhodia.

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