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Economia

Bilionário com 40 anos de bolsa

Lirio Parisotto investiu pela primeira vez em 1971 e se deu mal. Mas os anos mostraram os atalhos para transform-lo no brasileiro que mais ganhou dinheiro com aes

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Por Márcio Kroehn_247 – Quem conhece a trajetória de Lirio Parisotto dificilmente acredita que ele já fracassou no mercado de capitais. Mas antes de se tornar um dos mais bem-sucedidos investidores individuais, com patrimônio que ultrapassa os R$ 5 bilhões no seu fundo exclusivo Geração L.Par FIA, ele conviveu com os reveses da inexperiência. Logo na sua primeira tentativa na bolsa de valores, em 1971, perdeu um carro. Depois, na década de 80, entrou no pico da euforia com a primeira eleição presidencial pós-ditadura militar e viu desaparecer centenas de milhares de dólares. Ao invés de levantar uma barreira e se concentrar apenas na Videolar, empresa fundada por ele que chegou a ser uma das maiores gravadoras de imagem e som do País, Parisotto optou pela insistência. Passou a ler e aprender como superar as dificuldades anteriores para, no início dos anos 90, voltar com tudo à bolsa e transformar milhões em bilhões.

Dificuldade, aliás, é uma palavra que acompanha a trajetória de Parisotto. Sempre que vai falar sobre o seu sucesso, ele enfatiza o começo difícil no Rio Grande do Sul, sua terra natal. Lá foi agricultor e bancário, entre outras tentativas profissionais que não deram certo. “Lirio Parisotto tem uma trajetória de vida de construção, de recomeço se preciso. Mas ele não tem medo de errar e aprende com os reveses”, diz Robert Dannenberg, presidente da ExpoMoney, o maior evento de educação financeira do País. A Videolar, por exemplo, foi do ápice ao declínio em pouco tempo. E Parisotto precisou reinventar a empresa para sobreviver em um novo e competitivo mercado. Por isso, o bilionário brasileiro tem uma característica semelhante à do mito do investimento mundial Warren Buffett: a humildade em reconhecer as falhas, a competência para insistir naquilo que acredita e a simplicidade com que trata a vida. “Aprender com os erros próprios é inteligente. Com o erro dos outros, sábio”, diz Parisotto ao Brasil_247. “Todos os dias eu tenho um professor que me avalia: o senhor pregão. Tenho que me sair bem”, completa ele.

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Um dos maiores orgulhos de Parisotto é nunca ter sido batido pelo Ibovespa. Mas, nos últimos dois anos, ele tem mais se defendido do que atacado. A bolsa de valores não sai do lugar e o motivo é um só. “Fica difícil tomar uma decisão de investimento com os juros em alta quando se esperava o contrário”, reclama o investidor. Mesmo assim, seu fundo Geração L Par rende 0,5% no ano contra uma queda de mais de 4% do principal índice da BM&FBovespa. “O importante é que, mesmo nesse cenário, as empresas brasileiras têm apresentado bom rendimento”, completa ele com o seu tradicional tom otimista. Atualmente, a carteira de ações de Parisotto tem 13 papéis, sendo que um está com a corda no pescoço para ser negociado. Sem se precipitar, ele vai esperar a hora certa para vender e embolsar o lucro. “Ele compra a participação em uma empresa e não apenas um pedaço de papel. Por isso ele é diferenciado”, analisa Dannenberg.

Parisotto tem alguns mandamentos famosos entre os investidores: “Nunca invista em empresas que estão estreando na bolsa”, “não diversifique tanto sua carteira de ações”, “fique longe de empresas com sede em países suspeitos”, “faça suas próprias avaliações” e “evite papéis de setores nervosos, como aviação e varejo”. Ele também usa com moderação companhias que tenham o governo na sociedade, uma maneira de evitar prejuízos caso ocorra alguma intervenção pública. Em sua carteira, Petrobras e Vale não têm peso nenhum, como seria esperado para os dois mais importantes papéis da Bovespa. Ou melhor, a Vale está dentro de Bradespar, a companhia de participação do Bradesco que é acionista da empresa de mineração. Mas isso não significa deixar de embolsar ganhos com empresas de capital misto. Atento às notícias, há alguns anos Parisotto foi comprando aos poucos ações da Nossa Caixa com as especulações sobre a venda do banco. Em 2008, o negócio saiu com o Banco do Brasil e ele obteve ganhos de 200%. Um único papel teve participação enorme no resultado daquele ano: sua carteira perdeu apenas 20% enquanto o Ibovespa caiu mais de 40%. “Tenha coragem para fazer as suas escolhas e sempre tenha um azarão na carteira”, costuma dizer Parisotto para quem pergunta sobre o seu segredo.

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Uma fórmula única

E como ela ensina a não ser o “pato” do mercado de ações

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Por Ricardo Bellino - 10% de inspiração + 90% de transpiração, essa é a formula proposta pelo "Professor" Lirio Parisotto para se ter sucesso e quem sabe se tornar um bilionario "made in Brasil" como ele. Fórmula que nao pode ser encontrada em nenhum livro de matemática financeira, apenas na "escola da vida".

Tudo começa com uma boa ideia, mas sem arregaçar as mangas e suar a camisa não tem jeito de atingir o tão almejado sucesso. Sem comentar que você precisa perseguir os seus sonhos e objetivos com garra e persistência...

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Agora o fator-chave para um sucesso sustentável é o FOCO: Lírio gosta de fazer uma analogia ao pato e todos aqueles que perdem o foco diversificando suas atividades. O Pato é o animal que nada, anda e voa, mas não faz nada bem feito, a não ser...

Lembre-se disso da próxima vez que for induzido a perder o foco e a diversificar as suas energias.

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