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Economia

BMW made in Brazil

Marca de luxo estuda fbrica no Brasil. O X1 pode ser o primeiro produto dessa planta

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O crescimento acelerado e sustentado da América Latina fez com que duas das maiores marcas Premium de carros do mundo, BMW e Audi se voltem para o continente americano. A Audi bateu seu recorde histórico de vendas, fechando o ano de 2010 com 1.092,411 carros comercializados em todo o planeta. Europa responde por quase 60% deste volume, enquanto China já detém 20% da vendas da marca. Nos Estados Unidos, onde esta atuando de uma maneira cada vez mais agressiva, a Audi conseguiu pela primeira vez romper a barreira dos 100 mil carros vendidos (101.629) fazendo 9,3% do seu volume total, enquanto o resto do mundo, onde se inclui o Brasil, responde pelos 10% restantes.

Mesmo tendo como tripé, Europa-EUA-China, a Audi sabe que para conseguir atingir o objetivo de se tornar a líder no mercado de carros Premium em 2015 vai precisar aumentar sua participação em mercados emergentes, como Índia, Rússia e Brasil. Na conferência de imprensa, na qual a empresa apresentou o balando do ano fiscal de 2010, o presidente mundial da marca, Rupert Stadler citou o Brasil cinco vezes.

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Peter Schwarzenbauer, vice presidente mundial de vendas e marketing da empresa, disse que descarta a possibilidade da Audi voltar a produzir no Brasil, seja em uma operação própria, seja em conjunto com a Volkswagen, como aconteceu num passado recente quando as duas empresas alemãs faziam na mesma planta o Golf e o A3. Isso não quer dizer que o Audi não está de olho na região e em especial no Brasil. “Estamos fazendo estudos para saber se é viável ou não termos uma linha de produção no México.“ disse o vice presidente de vendas e marketing da Audi. “Se o Brasil continuar crescendo da maneira que está por mais alguns anos já teremos volume suficiente que justifique termos uma linha de montagem. Mas ainda é muito cedo para falar. Eu tenho esse numero, mas claro que eu não vou dizer” completou o executivo.

A fábrica no México cairia como uma luva para a Audi, porque de lá é possível exportar para o Brasil e para os Estados Unidos, dois dos maiores mercados das Américas, sem imposto graças a acordos de livre comercio entre esses países. Para não começar do zero, é bem possível que a Audi utilize a planta da Volkswagen, em Puebla, onde diversos sistemistas já se encontram. O carro a ser produzido, caso os estudos sejam aprovados pela matriz, deve ser o A1, que mesmo sem ser vendido nos EUA nesta primeira geração, será o de maior volume da Audi em diversos países. O impacto do A1 será tão grande no Brasil que o presidente da Audi no País, Paulo Sergio Kakinoff, estima que o pequeno carro seja responsável por nada menos do que 40% de tudo que sair das concessionárias da marca nos próximos anos.

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Já a BMW está com seus planos em um estágio bem mais adiantado do que a da sua rival alemã. Durante a apresentação de resultados de 2010 para a imprensa mundial, o presidente Norbert Reithofer não só citou o Brasil, como mostrou um slide onde o país figurava como segundo maior crescimento de vendas entre todas as operações da BMW Group no mundo, com 77%, ficando apenas atrás da China que obteve 87%. A região da América Latina, incluindo o Caribe, foi responsável por mais de 22 mil carros vendidos entre BMW e Mini. Mas só o Brasil abocanhou mais de 50% deste volume com 11.706 carros comercializados. Esse expressivo resultado animou o presidente mundial a dizer que a BMW passa a olha com especial atenção a América do Sul. Foi a senha para que jornalistas do mundo todo corressem atrás de mais informações sobre o que aquela frase queria dizer.

Pois bem, o que BRASIL 247 conseguiu apurar junto a alguns executivos da marca e que, existe sim um estudo para a produção de carros no Brasil. Os países procurados na primeira etapa dos estudos foram os que têm ou tiveram operação em CKD. México e Argentina entraram na disputa, mas o Brasil foi o escolhido por ter a melhor estrutura de fornecedores. Isso não quer dizer que vai haver fábrica, mas que, se houver ela será no Brasil, onde a BMW já tem uma operação em CKD de motos.

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Seria uma operação similar à existente hoje na Índia, onde ha três anos foram investidos 17 milhões de euros para a montagem de cinco mil carros por ano. A investida da BMW deu tão certo que já foram anunciados investimentos de mais 16 milhões de euros para os próximos anos apenas para dobrar a operação elevar a capacidade da planta para 10 mil veículos por ano. “Gostamos de começar a operação no país em CKD, com calma, para depois de um tempo, se o mercado necessitar, montarmos uma fabrica”, disse ao BRASIL 247 Frank Peter Arndt, responsável mundial pela produção do BMW Group.

Escolhido o país, outra disputa esta sendo travada para ver qual cidade pode receber a provável fabrica da BMW. Sem dizer quais cidades foram analisadas, executivos da marca alemã confirmaram que apenas foram procuradas cidades que tem bom parque industrial de sistemista ao seu redor e também uma rota fácil para um porto. Manaus nem entrou na disputa. Nos estudos da BMW, já em fase final de apreciação pelo board da empresa, o interior de São Paulo leva grande vantagem. Nessa região já estão Toyota e Honda além da Hyndai que já anunciou a construção de sua planta. O porto fica a 200 km de distancia e o Rodoanel e mais um facilitador para chegada e saída de componentes. ”Nossa decisão de ter ou não fábrica na América do Sul sai nos próximos meses e acredite, não estaremos fazendo isso para baratear o preço do carro, mas sim por que queremos ter uma participação ma is efetiva nestes mercados, em especial no Brasil.”, diz Arndt.

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O preço do carro deve sim ficar mais barato com a montagem dos carros em CKD. As Motos da BMW caíram 30% depois que deixaram de ser importadas para serem montadas em Manaus e as vendas dispararam. Essa mesma conta não se aplica a automóveis que tem outra enorme cadeia de impostos a serem pagos. Alem disso vai depender do nível de nacionalização que a marca conseguir aplicar ao carro para saber o seu real valor. Esse aliás pode ser o único impeditivo de se montar a planta no Brasil. De que adianta economizar os 35% de taxa de importação para depois ter outros custos de produção que podem anular essa redução. Mas em contra partida, se BMW conseguir fechar essa conta e ter uma redução significativa, ela começa a disputar compradores que antes não viam no seu horizonte a perspectivas de terem um carro alemão na garagem. Fechando o cerco sobre o que poderia ser montado aqui, o Mini está descartado e continuara com sua planta na Europa, o que para a Audi e ótimo caso ela decida mesmo fazer mesmo o A1 no México no futuro.

A dúvida então é tentar descobrir qual carro a BMW montaria em CKD. Sem rodeios, pergunto direto a Frank Peter Arndt que modelo é esse? Ele me devolve a pergunta: “Qual carro você acha que a gente deveria produzir e que seria um sucesso no Brasil?” “A nova Serie 1”, eu respondo. O executivo para, pensa por 5 segundos e rebate: “Boa resposta, mas você não acha que se a gente montasse no Brasil o X1 não seria melhor? O X1 não é um carro que tem maior apelo e que tem a cara do Brasil?" Para bom entendedor.....

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