BNDES não quer escolher entre Casino e Carrefour
Num evento em Paris, diretor do banco disse que se a empresa de Jean-Charles Naouri fizesse uma proposta de fuso com o Po de Acar, ela tambm seria analisada
Roberta Namour – correspondente do 247 em Paris – O BNDES recusou a se posicionar sobre a batalha que opõe o Carrefour ao Casino no Brasil. « Nunca houve a intenção de escolher um lado em um conflito no setor privado », afirmou Luiz Eduardo Melin, diretor do banco que se ofereceu para financiar a operação de fusão entre o Carrefour e o Pão de Açúcar. A colocação foi feita durante uma conferência sobre o Brasil em Paris, organizada pelo jornal britânico The Economist.
Na semana passada, o BNDES indicou que poderia fazer um aporte de 2 bilhões de euros para participar, como acionista da nova empresa, da fusão do grupo de Abílio Diniz com o Carrefour. Depois, a instituição recuou dizendo que sua participação estaria condicionada a um acordo entre o Pão de Açúcar e o Casino, que possui 43,1% da varejista brasileira. Segundo Melin, o banco recebeu uma proposta normal que foi considerada economicamente interessante e viável para todos os envolvidos. « Se o Casino nos fizesse uma proposta, analisaríamos da mesma forma. »
O envolvimento da instituição no caso gerou muita polêmica no Brasil. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que seria inadmissível uma atuação política do BNDES na fusão do Pão de Açúcar com as operações do Carrefour no Brasil. Segundo ele, o banco precisa justificar sua posição, de caráter « eminentemente comercial ».
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