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      BNDES pode não devolver R$ 130 bi ao governo em 2018

      Se tiver que repassar recursos ao PIS/Pasep e ao Fundo de Amparo ao Trabalhador, o BNDES não terá como devolver ao governo federal os R$ 130 bilhões aguardados em 2018, afirmou o diretor do banco Carlos Thadeu de Freitas; segundo ele, o BNDES tem a repassar esse ano cerca de R$ 70 bilhões ao FAT e ao PIS/Pasep; "A devolução ao FAT é uma decisão institucional e, no caso do PIS/Pasep, depende do volume de saques que até agora está baixo", disse; "Se tiver que R$ 70 bilhões fica praticamente impossível retornar mais R$ 130 bilhões ao governo federal", complementou

      Data: 11/08/2011 Editoria: Novo Portal Valor Reporter: Mariane Goldberg Local: Rio de Janeiro, RJ Pauta: Fotos para o Novo Portal Valor - Novo Site Setor: Finaceiro Personagem: Predio do BNDES na Avenida Chile, 100 Tags: Banco Nacional de Desenv (Foto: Aquiles Lins)
      Aquiles Lins avatar
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      (Reuters) - Se tiver que repassar recursos ao PIS/Pasep e ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), o BNDES(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não terá como devolver ao governo federal os R$ 130 bilhões aguardados em 2018, afirmou o diretor do banco Carlos Thadeu de Freitas.

      Segundo ele, o BNDES tem a repassar esse ano cerca de R$ 70 bilhões ao FAT e ao PIS/Pasep. "A devolução ao FAT é uma decisão institucional e, no caso do PIS/Pasep, depende do volume de saques que até agora está baixo", disse.

      "Se tiver que R$ 70 bilhões fica praticamente impossível retornar mais R$ 130 bilhões ao governo federal", complementou.

      Nos governos do PT, o Tesouro injetou mais de R$ 500 bilhões no BNDES. Em 2016, o banco de fomento devolveu mais de R$ 100 bilhões e, no ano passado, cerca de R$ 50 bilhões.

      Recentemente, projeção do Banco Central apontou que a dívida do setor público pode chegar a perto de 80% do PIB, caso não ocorra a devolução dos R$ 130 bilhões neste ano. Com o pagamento integral, a relação seria de 78% do PIB.

      Freitas disse que ainda é cedo para se afirmar que o banco vai conseguir atender a demanda do governo. Segundo ele, será preciso acompanhar de perto o ritmo da economia e como isso vai se refletir nos pedidos de empréstimos no banco.

      "Em 2017, os desembolsos ficaram em cerca de R$ 75 bilhões. A expectativa para 2018 é de concessões de R$ 90 bilhões a R$ 100 bilhões. Ou seja, vamos precisar de mais dinheiro", disse.

      Outra variável apontada por Thadeu são as condições de funding (captação de recursos para investimento), com o BNDES se esforçando para diversificar suas fontes de financiamento, inclusive com organismos multilaterais.

      Uma decisão final só deve ser tomada no segundo semestre, disse Freitas.

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