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      Bolsa desaba e dólar sobe no day after de Bolsonaro

      O primeiro pregão após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) terminou com o dólar em alta de 1,39% de volta ao nível de R$ 3,70, com investidores embolsando lucros recentes enquanto monitoram a divulgação de detalhes sobre o futuro governo; o Ibovespa fechou com forte queda de 2,24%, aos 83.796 pontos, após chegar na máxima de 88.377 pontos; volume financeiro chamou atenção, ficando em R$ 24 bilhões; fabricante de armas Taurus viu a sua ação ordinária despencar até 32% e o seu ativo preferencial derreter até 42%

      Bolsa desaba e dólar sobe no day after de Bolsonaro
      Aquiles Lins avatar
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      Do Infomoney - Após abrir com alta de mais de 3%, o Ibovespa perdeu força e virou para forte queda na tarde desta segunda-feira (29) repercutindo a vitória de Jair Bolsonaro (PSL). Este movimento não chegou a ser uma surpresa, já que o mercado passou por um forte rali nas últimas semanas, precificando a vitória dele. Com a alta desta manhã surgiu uma boa oportunidade para realização destes lucros recentes.

      O Ibovespa fechou com forte queda de 2,24%, aos 83.796 pontos, após chegar na máxima de 88.377 pontos. O volume financeiro chamou atenção, ficando em R$ 24,008 bilhões. O contrato de dólar futuro com vencimento em novembro teve alta de 1,80%, a R$ 3,709 enquanto o dólar comercial subiu 1,39%, cotado a R$ 3,7053 na venda.

      Para piorar, os índices nos Estados Unidos também viraram com força, o que também pressionou a bolsa brasileira. Em Wall Street, o índice Nasdaq recuou 1,63%, o que acabou azedando os outros índices, com o Dos Jones caindo 0,99% e o S&P 500 se desvalorizando 0,66%.

      O forte otimismo na abertura levou o Ibovespa a bater o recorde intraday logo na abertura ao superar os 88.318 pontos, máxima histórica alcançada em 26 de fevereiro. Mas o movimento não durou muito tempo.

      A fabricante de armas Forjas Taurus viu a sua ação ordinária (FJTA3 -25,89%) despencar até 32% e o seu ativo preferencial (FJTA4 -29,91%) derreter até 42% no dia seguinte à eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Os papéis amenizaram as baixas, mas ainda fecharam com queda de 24,73% para os ativos ON e de 25,91% para as ações PN. Antes, os papéis registraram ganhos de quase 1.000% desde setembro e os negócios, anteriormente com liquidez baixíssima, passaram a frequentar o ranking dos maiores volumes na Bolsa.

      Sem nenhuma notícia nova ou mudança nos fundamentos da empresa, a corrida eleitoral deu novo fôlego para uma ação antes esquecida e desacreditada pelo mercado simplesmente pelo fato de Bolsonaro ser amplamente favorável ao uso de armas de fogo.

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