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      Bolsa fecha em forte alta; mercado aposta em nova equipe econômica

      Depois de sete quedas em nove pregões e de cair mais de 9% em uma semana, a Bolsa recuperou uma parte das perdas nesta terça-feira (28) com correção e espera por indicação de novo ministro da Fazenda. Índice fechou com alta de 3,62%, a 52.330 pontos, enquanto o dólar caía 1,9%, a R$ 2,47. O volume negociado na Bovespa foi de R$ 9,371 bilhões; Petrobras teve ganhos de quase 5%

      Depois de sete quedas em nove pregões e de cair mais de 9% em uma semana, a Bolsa recuperou uma parte das perdas nesta terça-feira (28) com correção e espera por indicação de novo ministro da Fazenda. Índice fechou com alta de 3,62%, a 52.330 pontos, enquanto o dólar caía 1,9%, a R$ 2,47. O volume negociado na Bovespa foi de R$ 9,371 bilhões; Petrobras teve ganhos de quase 5% (Foto: Gisele Federicce)
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      Por Ricardo Bomfim

      SÃO PAULO - Depois de sete quedas em nove pregões e de cair mais de 9% em uma semana, a Bolsa recuperou uma parte das perdas nesta terça-feira (28) com correção e espera por indicação de novo ministro da Fazenda. Ainda mexem na Bolsa as expectativas por conta da reuniões do Copom e FOMC. O índice fechou com alta de 3,62%, a 52.330 pontos, enquanto o dólar caía 1,9%, a R$ 2,47. O volume negociado na Bovespa foi de R$ 9,371 bilhões.

      No noticiário político, as atenções ficaram voltadas para as sinalizações do novo governo em relação ao combate à inflação e uma possível mudança na matriz econômica atual. Investidores aguardam por indicação do novo ministro da Fazenda pela presidente Dilma. Nomes de Luiz Carlos Trabuco, Henrique Meirelles e Nelson Barbosa já foram sugeridos pelo ex- presidente Lula.

      Segundo analista da Leme Investimentos, João Pedro Brugger, os rumores de que o ex- presidente do Banco Central, Henrique Meirelles poderia ser nomeado para o ministério trouxeram otimismo aos investidores. "Meirelles seria a ponte que falta entre o mercado e este governo", afirmou. "Seja ele ou o Trabuco, agradariam o mercado financeiro".

      Dilma disse em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, que pretende anunciar as medidas econômicas antes do final de 2014, provavelmente em novembro. A petista afirmou que pretende dialogar com todos os setores da economia antes de começar a adotar medidas para transformar e retomar o crescimento econômico do país.

      Com relação ao Copom, o consenso é de manutenção da Selic em 11% ao ano, segundo relatório da Guide Investimentos. Apesar disso, o BofAML (Bank of America Merrill Lynch) indicou que vê pouco mais de 50% de chance de Selic ter alta 0,25%.

      Destaques

      As ações da Gol (GOLL4; +17,35%, a R$ 12,65) registram o maior ganho do Ibovespa. Além da queda do dólar hoje, após ter atingido a maior cotação desde 2008, a empresa teve sua recomendação elevada de market perform (desempenho em linha com a média) para outperform (desempenho acima da média) pela Raymond James. O preço-alvo das ações em 12 meses é de US$ 6.

      Destaque ainda para a notícia de que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) permitiu a alocação de uma frequência semanal à companhia aérea Gol para realização de serviços aéreos mistos entre o Brasil e EUA. Para a TAM, foram alocadas 14 frequências semanais.

      Enquanto isso, ações do chamado "kit eleições" - composto por estatais e bancos - vivem dia de correção após perdas de ontem, mesmo com o fim da corrida presidencial. No caso do Itaú Unibanco (ITUB4; +5,94%, a R$ 33,90), indicações de que o fluxo de caixa do banco continua forte trazem otimismo aos investidores.

      Outras grandes instituições do setor financeiro como Bradesco (BBDC3; +6,68%, a R$ 33,52; BBDC4; +6,38%, a R$ 35,02) e Banco do Brasil (BBAS3; +7,34%, a R$ 26,19) também tinham alta.

      Já a Petrobras (PETR3; +4,17%, a R$ 14,50; PETR4; +4,69%, a R$ 14,96) espera definição na questão do reajuste dos preços de combustíveis. O ministro da Fazenda, Guido Mantega disse mais de uma vez que o acerto de preços viria até o fim do ano. Mas duas semanas atrás fontes do governo comemoraram o fato de a queda dos preços internacionais do petróleo terem deixado o combustível no Brasil alinhados com os do Exterior, o que afastaria a necessidade de aumento de gasolina e diesel agora. O propósito do provável aumento seria acalmar o mercado e ajudar a recompor o caixa da Petrobras.

      Por outro lado, o pior desempenho fica com os papéis da Fibria (FIBR3; -1,87%, a R$ 28,41), que junto com Embraer (EMBR3; -0,34%, a R$ 23,27) e Suzano (SUZB3; -0,49%, a R$ 10,14), caem por conta da queda do dólar. Empresas com perfil exportador são beneficiadas por altas da moeda americana porque a receita delas se dá em dólar.

      Mercados internacionais

      Nos EUA, as ações sobem com resultados corporativos e espera da reunião do FOMC, que deve decidir pelo fim do programa de compra de ativos para estimular a economia conhecido como "Quantitative Easing" nesta quarta-feira (29). O Fed deve manter sua promessa de aguardar antes de subir os juros novamente.

      Entre os indicadores econômicos, a confiança do consumidor avançou em outubro com melhoras no mercado de trabalho e redução dos preços da gasolina. O índice subiu para 94,5 pontos, de uma leitura de 89 pontos em setembro.

      Enquanto isso, índices europeus fechavam em alta, com as bolsas no velho continente sendo puxadas pelo setor financeiro.

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