Bolsa ganha fôlego no final do dia e encerra em alta de 1,04%

Marco Damiani e Márcio Kroehn_247 - Quem olha para o gráfico do Ibovespa da terça-feira 31 vai enxergar uma montanha russa. Esse foi o comportamento da bolsa brasileira ao longo do dia, com momentos de muita euforia e, em seguida, mergulhos intensos. Foram três grandes quedas, mas quatro fortes altas, o que levou o índice a encerrar os negócios com ganhos de 1,04% aos 64.620 pontos. Para se ter uma ideia da movimentação, na última hora e meia de pregão a bolsa subiu quase um ponto percentual (de 0,09% para 1,04%).

O bom desempenho do dia, porém, não foi suficiente para o mês de maio fechar positivo. O Ibovespa encerrou o quinto mês do ano com queda de 2,29%. No ano, as perdas são de 6,76%. A boa notícia para os investidores é que no acumulado de um ano, o Ibovespa está positivo em 2,5%, o que pode ser um bom sinal para uma recuperação nos próximos meses.

As baixas do dia ficaram mesmo com Pão de Açúcar (-4,37%), que está em disputa com seu sócio francês Casino, e Hypermarcas (-2,50%), duas ações que ficaram na lanterna do Ibovespa ao longo da terça-feira. Entre os ganhos, a Usiminas surpreendeu e fechou em alta de 4,97%, ao lado da Brasil Ecodiesel (4,55%).

MEIO DA TARDE - A bolsa brasileira está muito instável. Em menos de duas horas, o Ibovespa desceu à estabilidade, beirando a linha vermelha, subiu para os ganhos e, às 15h, a linha do gráfico indicava uma nova queda. O final do dia deverá mostrar uma disputa entre compradores e vendedores.

Não há mudança na âncora do dia. As perdas do Pão de Açúcar subiram e estão em 4,6%. Ao lado da empresa de Abílio Diniz, a Hypermarcas cede 3,2%. Entre as altas do dia, Lojas Americanas, Braskem e Brasil Ecodiesel, que sobem mais de 3%.

INÍCIO DA TARDE - O Ibovespa mantém um comportamento instável no pregão desta terça-feira. Na primeira hora de negócios, o índice chegou a subir quase 1% para, em seguida, recuar para a casa de 0,4% de valorização. No meio da manhã, a bolsa quase entrou em estabilidade, mas os investidores voltaram às compras. O gráfico, até agora, mostra muita volatilidade. Às 13h15, a linha apontava para a baixa, apesar do 0,34% de valorização.

O destaque do dia é a queda da ação do Pão de Açúcar, que recuava 4,16% com notícias envolvendo uma briga entre Abílio Diniz e seu sócio francês Casino. A indignação dos franceses é com uma possível negociação às escondidas com o Carrefour, fato que foi negado em fato relevante pelo Pão de Açúcar na semana passada.

MANHÃ - A volta do feriado em Londres e Nova York começou animada, com altas na Bolsa de Tokyo, que fechou o dia em alta de 2%, e abertura forte nos mercados europeus e índices futuros dos Estados Unidos. O mercado acionário global está reagindo bem a uma notícia divulgada ontem à noite pelo Wall Street Journal, de que o governo alemão saiu da pressão e decidiu flexibilizar o tratamento da dívida grega.

O jornal diz que essa mudança de postura da Alemanha deverá gerar um novo pacote de reescalonamento da dívida da Grécia, afastando a possibilidade de moratória. A informação, ainda não confirmada pelo governo alemão, foi suficiente para dar novo ânimo na volta do feriado. Londred abriu em alta de 1%, paris com mais de 1,5% e Frankfurt avançou 2% logo nos primeiros negócios.

Também ajudou a divulgação e que a produção industrial japonesa cresceu 1% em maio e que a inflação da Zona do Euro caiu, algo que não estava no radar dos analistas. As notícias serviram para embalar os negócios e criar um clima positivo para o dia.

No Brasil, a falta de liquidez, ontem, determinou um dia morno. Para hoje, é esperado que a Bolsa acompanhe os bons ventos de fora, mantendo a recuperação técnicas dos preços das ações. Uma mudança de tendência será mais palpável à medida que os dados mostrarem que o Banco Central está conseguindo vencer a batalha contra a inflação, o que ainda não se confirmou.