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Bolsa: queda profunda de 3,52% poderia ter sido pior

Prego acompanha negatividade global e fecha no vermelho forte

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247 – Poderia ter sido pior, mas mesmo assim foi muito ruim. O Ibovespa recuou hoje 3,52%, refletindo a negatividade nas bolsas de todo o mundo. Há o medo de uma nova recessão global, haja visto o quanto caíram as ações dos grandes bancos europeus e americanos. Na maré de baixo astral, Nova York fechou em menos 3,68%, a bolsa eletrônica Nasdaq sofreu ainda mais, caindo 5,22%. Na Europa, Paris fechou em baixa de 5,48% (uma verdadeira debacle) e Frankfurt foi junto, com um mergulho no negativo de 5,82%. Vai ser preciso um fato novo muito positivo para que, a partir desta madrugada, nas bolsas da Ásia, uma recuperação aconteça. Ele não está no horizonte de curto prazo.

ABERTURA - Depois do alívio geral com a retirada de aparelhos, o mercado voltou a respirar com dificuldades com as antigas preocupações. As bolsas asiáticas fecharam hoje em queda forte e os pregões europeus acompanham esse movimento pessimista. As preocupações são as mesmas nestes dois continentes: a falta de esperança na volta do crescimento econômico nos países ricos e as especulações que alguns estariam tendo para captar recursos no mercado.

A Bolsa de Tóquio fechou em queda de 1,3%, com Seul caindo 1,7%. Hong Kong perdeu 1,3% e Xangai recuou 1,6%. Na Europa, o cenário é igualmente desastroso, com Londres operando há pouco com sinal negativo de 2,1%. Já Frankfurt estava caindo 3,5% e Paris deslizava 2,6%. É um clima pesado para quem pensava em alguns dias de tranquilidade e de recuperação das cotações.

O mercado sofre há algum tempo com a sucessão de notícias ruins e péssimas, como o quase calote da dívida americana, o rebaixamento da dívida dos Estados Unidos pela Standard & Poors, a divulgação do PIB da zona do euro, que mostrou a economia paralisada, a descoordenação para uma solução da dívida na Europa, medidas regulatórias de controle do mercado e a falta de segurança revelada pelos líderes da Alemanha, Angela Merkel, e da França, Nicolás Sarkozy, para o encaminhamento de medidas para a crise.

A sensação é que os governantes e autoridades econômicas não sabem mais o que fazer. Sem confiança, o mercado aposta no pior, ou seja, não dá para ficar comprado em ações de companhias sem perspectivas de aumento do lucro. No Brasil, é mais ou menos o seguinte: a economia vai bem, mas as empresas começam a perder dinheiro. Ontem, indicadores mostraram que a economia deu uma brecada, favorecendo para esfriar a inflação e estancar o ciclo de alta dos juros.

As últimas quedas na Bolsa foram exageradas, basicamente motivadas por fatores externos. Muitas empresas continuam com preços aviltados. Dá para arriscar. A Bolsa fechou ontem em alta de 1,3%, retomando os 55 mil pontos, num dia ruim nos mercados internacionais. Hoje, o clima lá fora é pior. Se o Ibovespa não resistir, podem surgir mais chances para comprar.

 

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