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Economia

Bolsonaro sinaliza que vai barrar 5G chinês para agradar Trump

Em discurso na ONU, Jair Bolsonaro deu a clara demonstração de que irá, mais uma vez, agradar a Donald Trump, prejudicando os interesses econômicos, tecnológicos e geopolíticos do Brasil

Jair Bolsonaro discursa na ONU (Foto: Reuters | Marcos Corrêa/PR)
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Lisandra Paraguassu, Reuters - O presidente Jair Bolsonaro usou seu discurso na abertura da 75ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira, para indicar que restrições podem ser impostas no leilão de tecnologia 5G no país.

“O Brasil está aberto para o desenvolvimento de tecnologia de ponta e inovação, a exemplo da Indústria 4.0, da inteligência artificial, da nanotecnologia e da tecnologia 5G, com quaisquer parceiros que respeitem nossa soberania e prezem pela liberdade e pela proteção de dados”, ressaltou em seu discurso nesta terça-feira.

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Programado para o primeiro semestre de 2021 depois de sucessivos adiamentos, o leilão ainda não tem regras definidas e caberá ao presidente dar a palavra final sobre a participação ou não da chinesa Huawei no processo.

No início do mês, o próprio Bolsonaro afirmou que será dele a decisão. “Olha só, temos o negócio do 5G pela frente. Deixar bem claro, quem vai decidir o 5G sou eu, não é terceiro, ninguém dando palpite por aí, não. Eu vou decidir o 5G”, disse em uma de suas lives semanais.

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O governo brasileiro vem sendo pressionado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para alijar os chineses do processo. O alinhamento já conhecido de Bolsonaro com Trump leva o país para a tendência de tomar o mesmo caminho dos EUA. No entanto, pesa ainda o interesse de empresas brasileiras de telefonia que pedem pela participação da Huawei, hoje maior produtora de equipamentos com tecnologia 5G e que costumam ter também menor custo.

Em seu discurso para a Assembleia-Geral, Bolsonaro disse ainda que a pandemia mostrou que o mundo não pode depender da produção de insumos em apenas alguns países, e usou como exemplo a hidroxicloroquina --medicamento que defende para uso contra a Covid-19, mesmo sem comprovação científica de eficácia.

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“A pandemia deixa a grande lição de que não podemos depender apenas de umas poucas nações para a produção de insumos e meios essenciais para nossa sobrevivência. Somente o insumo da produção de hidroxicloroquina sofreu um reajuste de 500% no início da pandemia”, afirmou, tratando em seguida das novas tecnologias.

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