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Bradesco reage a indiciamento e lembra que perdeu de 6 a 0 no Carf

Banco negou, em nota, acusações relacionadas à Operação Zelotes, da Polícia Federal, que indiciou nesta terça-feira 31 o presidente da instituição; o Bradesco lembrou que perdeu de 6 a 0 em processo no Carf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que julga processos de empresas multadas pela Receita Federal; a Zelotes investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Carf e o suposto pagamento de propina para a edição de medidas provisórias

Rio de Janeiro - Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão no escritório do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, no centro da cidade do Rio de Janeiro (Tânia Rêgo/Agência Brasil) (Foto: Gisele Federicce)

247 - O Bradesco negou, em nota, acusações relacionadas à Operação Zelotes, da Polícia Federal, que indiciou nesta terça-feira 31 o presidente da instituição. O banco lembrou, no comunicado, que perdeu de 6 a 0 em processo no Carf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que julga processos de empresas multadas pela Receita Federal.

Abaixo, a íntegra da nota do Bradesco:

O Bradesco informa que não houve contratação dos serviços oferecido pelo grupo investigado. Acrescenta que foi derrotado por seis votos a zero no julgamento do Carf. O Bradesco esclarece ainda que o presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco Cappi, não participou de qualquer reunião com o grupo citado.

O mérito do julgamento se refere a ação vencida pelo Bradesco em todas as instâncias da Justiça, em questionamento à cobrança de
adicional de PIS/Cofins. Esta ação foi objeto de recurso pela Procuradoria da Fazenda no âmbito do Carf.

O Bradesco irá apresentar seus argumentos juridicamente por meio do seu corpo de advogados. O Bradesco reitera seus elevados padrões de conduta ética e refirma sua confiança na Justiça.

 

Leia mais em reportagem da Reuters:

PF indicia presidente do Bradesco em inquérito da Zelotes

SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, em relatório de inquérito ligado à operação Zelotes, informou nesta terça-feira o Ministério Público Federal do Distrito Federal.

A Zelotes investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e o suposto pagamento de propina para a edição de medidas provisórias.

A notícia do indiciamento de Trabuco motivava forte queda das ações do segundo maior banco privado do Brasil na bolsa paulista.

Às 15:42, os papéis preferenciais do Bradesco recuavam quase 5 por cento, enquanto os ordinários perdiam mais de 3 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 0,9 por cento.

A assessoria de imprensa do Ministério Público não soube informar imediatamente por quais crimes a PF indiciou Trabuco e se havia outros funcionários do banco indiciados.

Uma fonte a par do assunto disse à Reuters, sob condição de anonimato, que o vice-presidente do Bradesco Domingos Figueiredo Abreu e o diretor financeiro do banco, Luiz Carlos Angelotti, também teriam sido indiciados pela PF.

Procurado, o Bradesco não fez comentários imediatamente.

Caberá agora aos procuradores do Ministério Público analisarem o relatório da PF para decidir se oferecem a denúncia contra Trabuco à Justiça.

(Por Eduardo Simões e Tatiana Bautzer)