Bradesco reage a indiciamento e lembra que perdeu de 6 a 0 no Carf
Banco negou, em nota, acusações relacionadas à Operação Zelotes, da Polícia Federal, que indiciou nesta terça-feira 31 o presidente da instituição; o Bradesco lembrou que perdeu de 6 a 0 em processo no Carf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que julga processos de empresas multadas pela Receita Federal; a Zelotes investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Carf e o suposto pagamento de propina para a edição de medidas provisórias
247 - O Bradesco negou, em nota, acusações relacionadas à Operação Zelotes, da Polícia Federal, que indiciou nesta terça-feira 31 o presidente da instituição. O banco lembrou, no comunicado, que perdeu de 6 a 0 em processo no Carf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que julga processos de empresas multadas pela Receita Federal.
Abaixo, a íntegra da nota do Bradesco:
O Bradesco informa que não houve contratação dos serviços oferecido pelo grupo investigado. Acrescenta que foi derrotado por seis votos a zero no julgamento do Carf. O Bradesco esclarece ainda que o presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco Cappi, não participou de qualquer reunião com o grupo citado.
O mérito do julgamento se refere a ação vencida pelo Bradesco em todas as instâncias da Justiça, em questionamento à cobrança de
adicional de PIS/Cofins. Esta ação foi objeto de recurso pela Procuradoria da Fazenda no âmbito do Carf.
O Bradesco irá apresentar seus argumentos juridicamente por meio do seu corpo de advogados. O Bradesco reitera seus elevados padrões de conduta ética e refirma sua confiança na Justiça.
Leia mais em reportagem da Reuters:
PF indicia presidente do Bradesco em inquérito da Zelotes
SÃO PAULO (Reuters) - A Polícia Federal indiciou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, em relatório de inquérito ligado à operação Zelotes, informou nesta terça-feira o Ministério Público Federal do Distrito Federal.
A Zelotes investiga suspeitas de manipulação de julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e o suposto pagamento de propina para a edição de medidas provisórias.
A notícia do indiciamento de Trabuco motivava forte queda das ações do segundo maior banco privado do Brasil na bolsa paulista.
Às 15:42, os papéis preferenciais do Bradesco recuavam quase 5 por cento, enquanto os ordinários perdiam mais de 3 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 0,9 por cento.
A assessoria de imprensa do Ministério Público não soube informar imediatamente por quais crimes a PF indiciou Trabuco e se havia outros funcionários do banco indiciados.
Uma fonte a par do assunto disse à Reuters, sob condição de anonimato, que o vice-presidente do Bradesco Domingos Figueiredo Abreu e o diretor financeiro do banco, Luiz Carlos Angelotti, também teriam sido indiciados pela PF.
Procurado, o Bradesco não fez comentários imediatamente.
Caberá agora aos procuradores do Ministério Público analisarem o relatório da PF para decidir se oferecem a denúncia contra Trabuco à Justiça.
(Por Eduardo Simões e Tatiana Bautzer)
