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Economia

Brasil ainda tem 14,4 milhões de desempregados, diz IBGE

O contingente é referência ao segundo trimestre de 2021, bem acima dos 13,3% no mesmo período de 2020

(Foto: © Rovena Rosa/Agência Brasil)
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Por Camila Moreira

SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil chegou ao final do segundo trimestre com queda na taxa de desemprego devido ao aumento da ocupação, mas ainda com 14,4 milhões de pessoas sem trabalho e com o mercado ainda buscando recuperar-se da crise recente.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego chegou a 14,1% no trimestre até junho, de 14,6% nos três meses até maio.

O resultado da Pnad Contínua mostrou queda em relação à taxa de 14,7% vista no primeiro trimestre, mas ainda ficou bem acima dos 13,3% no mesmo período de 2020.

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A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 14,4% no período.

Com o mercado de trabalho ainda buscando se recuperar da crise provocada pela Covid-19, a população enfrenta disparada da inflação e consequente aumento dos juros.

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Nos três meses até junho, eram 14,444 milhões de desempregados no Brasil, o que representa uma queda de 2,4% na comparação com o primeiro trimestre, mas alta de 12,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Por sua vez, o total de pessoas ocupadas aumentou 2,5% sobre os três primeiros do ano e chegou a 87,791 milhões, e ainda subiu 5,3% sobre o segundo trimestre de 2020.

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"A desocupação subiu muito em 2020. Ela segue alta, mas tem mostrado retração nos últimos trimestres, mas ainda longe de ter uma melhora que recupere as perdas de 2020", explicou a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Com esse aumento, o nível de ocupação subiu 1,2 ponto percentual, para 49,6%, mas isso ainda indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país.

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“O crescimento da ocupação ocorreu em várias formas de trabalho. Até então vínhamos observando aumentos no trabalho por conta própria e no emprego sem carteira assinada, mas pouca movimentação do emprego com carteira", destacou Beringuy.

Mas no segundo trimestre o contingente de empregados com carteira no setor privado aumentou em 618 mil pessoas em relação aos três primeiros meses do ano, chegando a 30,189 milhões.

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Ainda assim, sem carteira assinada, eram 10,023 milhões de trabalhadores no segundo trimestre, um aumento de 3,4% sobre o primeiro.

O IBGE ainda destacou o trabalho por conta própria no período, que atingiu o patamar recorde de 24,839 milhões de pessoas, um crescimento de 4,2% na comparação com o trimestre anterior.

O aumento da ocupação no segundo trimestre deveu-se, principalmente, a atividades relacionadas a alojamento e alimentação (9,1%), construção (5,7%), serviços domésticos (4,0%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,8%).

A pesquisa mostrou ainda que os trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas -- aqueles que trabalham menos horas do que poderiam trabalhar -- chegou a um recorde de 7,543 milhões de pessoas no segundo trimestre, um aumento de 7,3% sobre o período anterior.

Além disso, o rendimento médio real dos trabalhadores caiu 3,0% em relação aos três primeiros meses do ano, a 2.515 reais. Na comparação anual, houve redução de 6,6%.

"As condições do mercado de trabalho devem continuar em uma tendência de recuperação gradual. A maior mobilidade, o aumento da confiança das empresas e a retomada de serviços prestados às famílias são os principais motores por trás dessa perspectiva", disse em nota o economista da XP Rodolfo Margato, citando, entretanto, os riscos das pressões inflacionárias e da crise hídrica.

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