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Economia

Brasil defende cesta de moedas em lugar do dólar

Posio foi manifestada a ministro de Comrcio da China; meta aumentar exportao para o pas em 20%

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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, propôs hoje ao ministro chinês de Comércio, Chen Deming, um aprofundamento das discussões para a mudança do padrão de câmbio internacional baseado no dólar. “É necessária a criação de uma cesta de moedas para balizar trocas comerciais e financeiras”, afirmou Pimentel, após reunião que também contou com a participação do ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota. Pimentel também afirmou que a meta brasileira é aumentar em 20% as exportações para a China em 2011. No ano passado, os embarques brasileiros para o gigante asiático totalizaram US$ 30 bilhões.

Deming se mostrou simpático à ideia sobre o câmbio, mas ponderou que uma discussão dessa natureza tem que ser tratada no longo prazo, pelos ministros de finanças e pelos presidentes dos bancos centrais dos países. “No momento, já podemos fazer o cálculo em moedas locais no comércio entre Brasil e China. Os empresários podem optar em usar o dólar ou o real. Temos um sistema bastante aberto”, completou.

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O ministro chinês acrescentou que o crescimento das trocas entre os dois países será importante para o comércio internacional, sobretudo em um momento no qual os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão ainda passam por dificuldades. Pimentel afirmou ainda que a recente imposição de barreiras às importações brasileiras de automóveis não foi tratada na reunião, porque as vendas chinesas de carros para o Brasil não são relevantes.

Deming afirmou ainda que falará à tarde sobre as licenças não automáticas exigidas na entrada dos bens no Brasil, que têm afetado principalmente as relações com a Argentina. “Mas queria deixar claro que este não é um tema relacionado especificamente ao nosso comércio com os argentinos. É uma forma de proteger a nossa indústria automotiva”, concluiu.

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Apesar da cobrança do governo brasileiro em relação à diversificação da pauta de exportações para a China, principal parceiro comercial do País e comprador principalmente de commodities, o ministro de Comércio chinês, Chen Deming, afirmou hoje no Itamaraty, em Brasília, que o gigante asiático está aberto aos produtos industriais brasileiros, mas pediu maior abertura nacional aos investimentos estrangeiros.

Segundo o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota, a reunião de hoje com o representante da China serviu para o aprofundamento e a implementação de compromissos firmados entre os países durante a visita da presidente Dilma Rousseff à China, sobretudo os acordos que dizem respeito aos setores de carnes bovina e suína, além da aviação. “Tivemos uma reunião muito produtiva, que examinou aspectos técnicos específicos sobre comércio, investimentos, harmonização estatística, propriedade intelectual”, completou Patriota.

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De acordo com Deming, o Brasil é o nono maior parceiro comercial da China, sendo o mais importante da América Latina, com corrente de comércio anual de mais de US$ 60 bilhões, com superávit brasileiro. “O superávit da parte brasileira é satisfatório, mas o País pede que o comércio seja mais diversificado. A China respondeu que apesar de estarmos em déficit, não vamos adotar medidas que possam prejudicar o Brasil”, afirmou o ministro chinês, após a reunião com Patriota e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

O mercado consumidor chinês, em franca expansão, está aberto às mercadorias industrializadas brasileiras e cabe aos empresários do País aproveitar as oportunidades chinesas, disse Deming. “Quanto à diversificação (das vendas brasileiras), é o consumidor quem escolhe. Esperamos que bons produtos brasileiros entrem no mercado chinês. O primeiro pré-requisito é que haja diversificação no Brasil”, completou.

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Por isso, o ministro chinês também cobrou uma maior abertura do Brasil quanto aos investimentos estrangeiros. Deming destacou a intenção brasileira de expandir a indústria, mas ressaltou que o País ainda tem sérias deficiências de infraestrutura de ferrovias e portos, além de um potencial de energia elétrica subutilizado. “Temos a intenção e a vontade de ampliarmos investimentos no Brasil, sobretudo em infraestrutura, turismo e tecnologia verde”, afirmou, citando também as indústrias automobilística e farmacêutica, além do setor agrícola.

Deming lembrou, ainda, que os investimentos chineses em outros países já somam US$ 59 bilhões e afirmou que estão sendo discutidos investimentos de US$ 1 bilhão no Brasil. O ministro citou uma indústria de equipamentos de resgates com planos de US$ 200 milhões para abertura de fábrica no País e afirmou que uma montadora chinesa deseja produzir carros em solo brasileiro.

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