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Economia

Brasil, o Mr. Magoo da economia global

Lembra daquele ceguinho que só dirigia na contramão? Somos nós

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Quem não se lembra de Quincy Magoo? Velhinho, careca e com grave deficiência visual, o personagem vivia se metendo em encrencas. Em geral, dirigia na contramão. Na economia global, o Quincy Magoo de hoje se chama Brasil. Na última quinta-feira, enquanto milhares de manifestantes ocupavam o centro financeiro de Wall Street, em Nova York, a agência de classificação de risco Standard &Poors, também sediada no coração do capitalismo global, elevava a nota da dívida brasileira. Pode parecer uma notícia trivial, mas não é. Nos últimos meses, foram rebaixados países como Itália, Espanha, França, Grécia e até os Estados Unidos. O Brasil, felizmente, dirige na direção contrária.

Sorte? Pode ser. Mr. Magoo também tinha. Mas o fato é que, num passado não muito distante, qualquer ventania nos rincões do mundo era usada como pretexto para que o Brasil pisasse no freio. Os tucanos, por exemplo, gostam de lembrar que conduziram o Brasil em mares turbulentos. De 1994 a 2002, atravessamos a crise do México, da Tailândia, da Rússia, da Argentina, etc., etc., etc. Só que, agora, o furacão se dá no centro do sistema – e não mais nos países da periferia. A consequência? O Brasil pode sair dessa crise como a quinta ou a sexta maior economia global.

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No mundo de hoje, o Brasil é visto, cada vez mais, como um modelo de superação econômica. E, além das diferenças de percepção interna e externa, há uma nítida falta de sintonia entre a oposição e o sentimento predominante do povo brasileiro. Quer dois exemplos? No feriado de 15 de Novembro, poucos gatos-pingados se reuniram nos protestos contra a corrupção. Dias depois, um manifesto de atores globais contra a construção da usina de Belo Monte, que invocou até o fato de milhares de pessoas em todo o mundo estarem saindo às ruas nas suas “primaveras” democráticas, atraiu mais repulsa do que seguidores. Os motivos? O Brasil está feliz com o crescimento, precisa de mais energia para continuar crescendo e, no que tange à virtude republicana, sabe que ela não tem monopólios.

Neste momento, uma oposição inteligente e conectada com o que se passa no mundo estaria avaliando outras questões. Seria a hora, por exemplo, de rediscutir a degradação dos serviços públicos de empresas que foram privatizadas e hoje estão em mãos de multinacionais sediadas em países abatidos pela crise, como Espanha, Itália e Estados Unidos. Para essas companhias, que cobram caro pelos maus serviços que prestam em setores essenciais da economia, o País se tornou um maná, de onde são drenados bilhões e bilhões.

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Para quem só vê problemas, é hora de abrir os olhos e enxergar o que se passa no resto do mundo. Mas o Brasil pode continuar dirigindo na contramão.

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