Brasília terá Parque Tecnológico em 2012
Parque Tecnolgico Capital Digital ter investimento de mais de R$ 1 bilho, ocupar 40 mil metros quadrados e ir gerar 80 mil empregos; primeira empresa ser o Banco do Brasil
Natalia Emerich _Brasília 247 – Depois de quatro anos, muitas polêmicas e pressão de empresários e empreendedores, finalmente o Parque Tecnológico Capital Digital sairá do papel. O primeiro alvará de construção, cedido ao Banco do Brasil, foi assinado pela administração de Brasília na quarta-feira (25). O Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDT) ocupará 40 mil metros quadrados da área destinada à nova cidade digital.
A escolha do Banco do Brasil como sede inaugural do parque tecnológico – que ocupa uma área de 123 hectares na região da Granja do Torto – foi estratégica. Com investimento de mais de R$ 1 bilhão, o primeiro CDT servirá como âncora para que outras empresas se instalem no local. “O alvará representa, simbolicamente, a legalização dos primeiros empreendimentos”, afirma o administrador de Brasília, Messias de Souza.
A expectativa é que o centro tecnológico pioneiro seja inaugurado no primeiro semestre de 2012. O cronograma, porém, será definido pelo Banco do Brasil e não tem prazo definido. “Os entraves da regularização terminaram com a assinatura do alvará, agora a bola foi passada para o empreendedor”, enfatiza Souza.
Os custos da construção serão arcados pela instituição financeira. Ao governo do DF caberá investir em infraestrutura. O administrador de Brasília esclarece que as obras serão realizadas durante o desenvolvimento e ocupação do parque. O cronograma, e o investimento, serão definidos a partir da demanda na área.
O CDT do Banco do Brasil tem parceria com a Caixa Econômica Federal. Embora a sede digital não tenha sido inaugurada, outras empresas complementares e indústrias de ciência, tecnologia e inovação já manifestaram interesse em se instalar no parque. Para facilitar a adesão, um pacote de créditos e incentivos fiscais e tributários será elaborado pelo governo local.
Se as promessas forem cumpridas e as construções saírem do papel, a expectativa é que o novo centro de produção tecnológica gere cerca de 80 mil empregos e se torne uma matriz de cadeia produtiva – incentive a ampliação de outros setores, como os de serviço. De acordo com Souza, o DF pode se tornar um forte polo de pesquisas e confecção de produtos voltados à ciência e tecnologia, potencializando o desenvolvimento da região.
Sete anos de espera
O primeiro projeto do Parque Digital foi lançado oficialmente em 2008, durante a gestão do governo José Roberto Arruda, mas nunca foi para frente. Messias de Souza atribui a demora ao processo de consolidação do projeto e às sucessivas crises políticas que assolaram o DF. “O próprio modelo do parque tecnológico demorou a ser efetivado, pois o diálogo entre governo e sociedade é complexo e demorado.”
A crise política enfrentada pelo DF também contribuiu para a novela da cidade tecnológica. No fim de 2009, denúncias de corrupção envolveram Arruda, que foi exonerado em 2010, sendo substituído pelo vice, Paulo Octávio. No mesmo ano, Wilson Lima e Rogério Rosso chefiaram o Executivo local.
A novela do Parque Tecnológico, porém, começou em 2005, quando o governo do Distrito Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis do DF fizeram acordo em uma área de 123 hectares, na região da Granja do Torto, para erguer a cidade digital.
A decisão gerou revolta de ambientalistas à época, que alegaram futuros impactos ambientais por se tratar de um terreno que pertencia ao Parque Nacional de Brasília. Para compensar a perda de reserva natural, as poligonais do parque foram ampliadas para outro extremo, em Brazlândia.
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