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Braskem falsificou registros para ocultar propina

Para autoridades americanas, a Braskem, braço químico da Odebrecht, "falsificou livros e registros" para ocultar os destinatários de US$ 175 milhões dos US$ 250 milhões (R$ 813 milhões atuais) pagos em propina a brasileiros; os recursos pagos identificados foram, ainda segundo o Departamento de Justiça dos EUA, indevidamente justificados por "contratos fictícios"; segundo os americanos, a petroquímica pagou o montante a governadores, membros do governo federal, congressistas e executivos em troca de benefícios de US$ 289 milhões (R$ 963 milhões)

PETRO 797 16/03/2012 SANTO ANDRE - SP / ECONOMIA OE / BRASKEM - P�lo petroqu�mico da Braskem em Santo Andr�, bairro Parque Capuava.  (Foto: Giuliana Miranda)

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247 - Para autoridades americanas, a Braskem, braço químico da Odebrecht, "falsificou livros e registros" para ocultar os destinatários de US$ 175 milhões dos US$ 250 milhões (R$ 813 milhões atuais) pagos em propina a brasileiros. Os recursos pagos identificados foram, ainda segundo o Departamento de Justiça dos EUA, indevidamente justificados por "contratos fictícios". Segundo os americanos, a petroquímica pagou o montante a governadores, membros do governo federal, congressistas e executivos em troca de benefícios de US$ 289 milhões (R$ 963 milhões).

As informações são da Folha de S.Paulo. 

"Foi paga propina até para renovar contratos com a sócia Petrobras. Em 2005, a petrolífera e a Braskem discutiam parceria em um megaprojeto petroquímico no Rio de Janeiro. Ambas tinham contratos assinados, mas funcionários da Braskem descobriram que a Petrobras queria substituí-la. Por isso, a empresa pagou para continuar na parceria.

Na sequência, a petroquímica passou a renegociar com a Petrobras a renovação do contrato de fornecimento de nafta (matéria-prima).

O assunto era prioritário porque poderia comprometer o futuro da Braskem. Sem esse contrato, ela perderia competitividade e seu valor de mercado despencaria.

Nas negociações, a Petrobras apresentou índices de cálculo do preço da nafta favoráveis à estatal. As conversas seguiram de 2009 a 2011 e a Braskem, dizem os EUA, pagou US$ 12 milhões (R$ 40 milhões em valores atualizados) a integrantes do governo e altos executivos da Petrobras.

Segundo as investigações americanas, a maior parte das vantagens obtidas pela Braskem surgiu a partir da aprovação de quatro leis que garantiram desonerações fiscais."

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