BTG estreia em bolsa após IPO de R$ 3,66 bilhões
Nos ltimos 24 meses, nenhum outro banco de investimento obteve a marca alcanada pela Pactual em sua abertura de capital; papis estreiam nessa quinta-feira 26 no prego da Bovespa, cotados a R$ 31,25
247 – Se já tinha acento em qualquer mesa que reúna os maiores banqueiros de investimento do mundo, agora André Esteves consolidou o direito a sentar-se na cabeceira. O banco do qual ele é o acionista majoritário, o BTG Pactual, realizou na terça-feira 24, nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York, o maior IPO de bancos de investimentos em todo o mundo nos últimos dois anos. Com R$ 3,66 bilhões obtidos no mercado, a abertura de capital do BTG Pactual foi a também a maior da Bovespa no mesmo período, quando o Santander realizou operação semelhantes. Agora, o valor de mercado da instituição é estimado em US$ 14,5 bilhões. As ações estreiam no pregão nesta quinta-feira 26.
Abaixo, notícia a respeito publicada pelo portal iG:
BTG Pactual faz maior IPO desde Santander Brasil
Banco de André Esteves levanta R$ 3,66 bilhões com a venda de papeis cotados a R$ 31,25, no centro da estimativa para a oferta
Porta iG - A oferta units do BTG Pactual levantou R$ 3,656 bilhões, no maior IPO (oferta inicial, na sigla em inglês) desde a operação do Santander Brasil, no final de 2009, que movimentou cerca de R$ 8 bilhões. Segundo informações do site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cada unit foi precificada a R$ 31,25, exatamente no centro da faixa estimativa fixada pelos coordenadores da oferta, de R$ 28,75 a R$ 33,75, e em linha com as previsões.
Foram 93,6 milhões de papéis na oferta primária (papéis novos) e 23,4 milhões na secundária (títulos vendidos pelos atuais sócios). O lote inicialmente oferecido era de 90 milhões de units, mas não considerava a eventual subscrição dos lotes adicional e suplementar.
O primeiro banco de investimento a listar ações no Brasil deve chegar à bolsa nesta quinta-feira com um valor de mercado entre R$ 27 bilhões e R$ 28 bilhões, segundo cálculos de uma fonte próxima à operação.
Nem mesmo a chiadeira de preço por parte dos investidores locais, que julgavam o BTG “caro”, e a multa do órgão regulador italiano (Consob) a André Esteves, por uso de informação privilegiada, impediram uma forte demanda pelos papéis. “Houve bastante interesse de investidores estrangeiros que veem no BTG um veículo para participar do crescimento do mercado de capitais brasileiro”, avalia um executivo com conhecimento da operação.
Vários fatores, na opinião de fontes do mercado, garantiram o sucesso do IPO. O primeiro deles é o nome do presidente da instituição, André Esteves, que por si só já atrairia investidores do mundo inteiro. “O banco tem nome, sobrenome e histórico, e por esses motivos atraiu o interesse tanto dos investidores institucionais como dos de varejo”, disse uma fonte.
Além disso, quando se compara o BTG e os bancos de investimento estrangeiros, a instituição brasileira leva vantagem neste momento. Instituições tradicionais, como os americanos Goldman Sachs e Morgan Stanley, estão sendo negociadas a um preço bem próximo ou até abaixo do valor patrimonial, o que demonstra que ainda sentem os reflexos da crise financeira mundial.
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