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      Caged: economia fechou 97.828 vagas em abril

      Este é o pior resultado para meses de abril desde 1992, quando tem início a série histórica do Ministério do Trabalho e Emprego; em abril de 2014, foram criadas 105 mil vagas; indústria foi responsável pelo maior corte de vagas no mês: 53.850; segundo o ministro Manoel Dias, o país vive uma crise política e não econômica, e a campanha para gerar na opinião pública uma percepção de grave crise afeta as empresas, que ficam em compasso de espera; "Quem pretende empreender, desiste e não contrata, o que se reflete no mercado de trabalho", explicou

      Este é o pior resultado para meses de abril desde 1992, quando tem início a série histórica do Ministério do Trabalho e Emprego; em abril de 2014, foram criadas 105 mil vagas; indústria foi responsável pelo maior corte de vagas no mês: 53.850; segundo o ministro Manoel Dias, o país vive uma crise política e não econômica, e a campanha para gerar na opinião pública uma percepção de grave crise afeta as empresas, que ficam em compasso de espera; "Quem pretende empreender, desiste e não contrata, o que se reflete no mercado de trabalho", explicou (Foto: Aquiles Lins)
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      247 - Dados divulgados nesta sexta-feira, 22, pelo Ministério do Trabalho e Emprego mostram que no mês de abril, foram fechadas 97.828 vagas de emprego formais. É o pior resultado para meses de abril desde 1992, quando tem início a série histórica do ministério. Naquele ano, foram cortadas 63.175 vagas no mês. Em abril de 2014, foram criadas 105 mil vagas. No ano, foram perdidos 137 mil postos de trabalho, uma queda de 0,33%.

      O corte de 97 mil vagas é resultado de 1.527.681 admissões e 1.625.509 desligamentos, e o resultado representa uma queda de 0,24% em relação ao estoque de empregos com carteira assinada do mês anterior.

      A indústria foi responsável pelo maior corte de vagas no mês: foram 53.850 postos perdidos no período. A construção civil cortou 23.048 postos, enquanto os serviços perderam 7.530 vagas. No comércio, foram 20.882 vagas a menos. A agricultura foi o único setor a contratar no mês, ganhando 8.470 vagas.

      Na indústria, houve corte de empregos em 10 dos 12 segmentos analisados. As maiores quedas foram vistas em produtos alimentícios (-13.410); mecânica (-9.754), material de transporte (-9.754) e metalúrgica (-8.818 postos). Houve criação de vagas apenas nos setores de química (+2.713) e borracha (+54).

      Confira abaixo as informações divulgadas pelo Ministério do Trabalho:

      Caged de abril mostra redução de 0,24% no estoque de emprego formal no país

      Brasília, DF, 22/05/2015 – O Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) registrou em abril um declínio de 0,24% no estoque de empregos formais no país, o que representa uma redução de 97.828 postos de trabalho, resultado de 1.527.681 admissões contra 1.625.509 desligamentos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, em Florianópolis (SC). Mesmo com esse número, o país gerou 5,1 milhões postos de emprego formal desde 2011 e nos últimos 12 anos foram acrescidos 20,5 milhões de postos de trabalho.

      Ao anunciar os dados, Dias acentuou que o Portal Mais Emprego do MTE disponibilizou, desde o início do ano, 700 mil vagas de emprego e que pelo menos 200 mil dessas oportunidades foram preenchidas por trabalhadores que buscaram vagas pelo sistema.

      Segundo Dias, o país vive uma crise política e não econômica, e a campanha para gerar na opinião pública uma percepção de grave crise afeta as empresas, que ficam em compasso de espera. "Quem pretende empreender, desiste e não contrata, o que se reflete no mercado de trabalho", explicou.

      Estabilidade – O ministro ressaltou, porém, que com o ajuste fiscal e com os cortes que estão sendo anunciados, o governo está criando condições para que haja estabilidade econômica e o país volte a níveis de emprego como o de antes da crise política. Ele avaliou que, ao contrário do que acontecia nos anos 80 e 90, não há impacto dessa crise na informalidade, que permanece estável. "Estamos avançando com nosso programa de combate à informalidade, que busca legalizar 400 mil trabalhadores e elevar a arrecadação em R$ 2,6 bilhões. Temos boas perspectivas de investimentos, que devem ajudar na geração de empregos", avaliou.

      Manoel Dias destacou ainda os investimentos estrangeiros no Brasil, que alcançaram R$ 17,5 bilhões nesse início de ano, e as políticas promovidas pelo FGTS, gerenciado pelo MTE, que tem um orçamento para financiamento de moradias, este ano, de R$ 56 bilhões. "Se todas elas forem construídas, serão 545 mil unidades, com expectativa de geração de 2,5 milhões de empregos", concluiu.

      Emprego geográfico – Entre as Unidades da Federação, cinco elevaram o nível de emprego formal: Goiás (+2.285 postos), Distrito Federal (+1.053 postos), Piauí (+612 postos), Mato Grosso do Sul (+369 postos) e Acre (+95 postos). Os estados onde o recuo foi mais acentuado foram Pernambuco (-20.154 postos) e Alagoas (-13.269 postos), cujos declínios foram influenciados, em grande medida, pelo desempenho do subsetor de Produtos Alimentícios, relacionado às atividades de fabricação de açúcar em bruto; e no Rio de Janeiro (-12.599 postos), resultado ligado ao setor de Serviços e à Indústria de Transformação. Em São Paulo, a redução foi de 11.076 postos, principalmente pela queda no Comércio.

      Nas nove Áreas Metropolitanas, a redução foi de 0,38%, com perda de 63.307 empregos formais, oriundos da queda do nível de emprego em todas as áreas metropolitanas. Em nível regional, o Centro-Oeste gerou 421 postos, com desempenhos positivos em Goiás (+2.285 postos) e no Distrito Federal (+1.053 postos).

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