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Economia

Campanha celebra taxação dos ‘super-ricos’: ‘começo de justiça fiscal’

Para a Campanha Tributar os Super-Ricos – que reúne mais de 70 organizações sociais, entidades e sindicatos –, a nova lei representa “um comecinho de justiça fiscal"

Lula e Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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RBA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta semana a lei que estabelece a taxação de investimentos de pessoas físicas no exterior (offshores) e a antecipação de imposto nos chamados fundos de investimento exclusivos, também conhecidos como fundos dos “super-ricos”. Para a Campanha Tributar os Super-Ricos – que reúne mais de 70 organizações sociais, entidades e sindicatos –, a nova lei representa “um comecinho de justiça fiscal que anima a seguir em frente”.

De acordo com a Campanha, a lei vai garantir R$ 30 bilhões a mais no Orçamento para melhorar a vida dos brasileiros. Por outro lado, os impostos afetam apenas uma minoria privilegiada que praticamente não contribuía. “Tem pouca gente com muita grana que não paga(va) nada de imposto”.

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Os fundos exclusivos são investimentos personalizados para pessoas de alta renda. As instituições financeiras exigem no mínimo R$ 10 milhões de entrada e taxa de manutenção de R$ 150 mil por ano. Atualmente, apenas 2,5 mil brasileiros aplicam nesses fundos.

Até então, pagavam Imposto de Renda (IR), mas apenas no momento do resgate e com tabela regressiva. Ou seja, quanto mais tempo de aplicação, menor o imposto.

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Nas offshores, a tributação ocorria somente quando a pessoa física transferia os lucros para o Brasil. Se a pessoa mantinha os recursos no exterior, a tributação nunca acontecia. “Muita mamata para ricaços”, frisa a Campanha.

O que muda?

Agora, no caso dos fundos exclusivos, a cobrança ocorrerá duas vezes por ano com alíquotas de 15% a 20% dependendo do valor. Já nas offshores, será de 15%, uma vez ao ano, em 31 de dezembro. O governo estima em pouco mais de R$ 1 trilhão (pouco mais de US$ 200 bilhões) o valor aplicado por pessoas físicas no exterior.

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Além disso, o governo ainda facilitou. Cotistas de fundos exclusivos que toparem antecipar o pagamento do imposto sobre os rendimentos obtidos antes de a nova regra entrar em vigor pagarão uma alíquota de apenas 8%.

O próximo passo, segundo a campanha, é avançar na redução das desigualdades e tributar altas rendas e grandes patrimônios isentos ou subtributados. Medidas desse tipo devem constar na segunda etapa da reforma tributária, prevista para o próximo ano, segundo fontes do governo. A primeira parte da reforma teve foco principalmente na simplificação dos impostos que recaem sobre o consumo.

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