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Carta ao povo peruano

Presidente Humala, convoque Palocci para acalmar os mercados em Lima

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Caro presidente Ollanta Humala,

Não nos conhecemos, mas fiquei bastante impressionado com a reação negativa da bolsa de valores peruana nesta segunda-feira, após a sua eleição. A queda de 12,2% é, de fato, um sinal de que não há boas-vindas à sua presidência. Gostaria de ajuda-lo, de alguma forma, a acalmar os investidores e mostrar à população que as suas intenções no comando do Peru são as melhores possíveis. O senhor deveria começar a escrever uma carta ao povo peruano, semelhante àquela que o presidente Lula endereçou aos brasileiros antes de ser eleito pela primeira vez. A melhor notícia é que o principal idealizador da carta ao povo brasileiro corre o risco de ficar desempregado, o que facilitaria, e muito, um convite para que ele faça parte do seu governo.

Antonio Palocci é o nome que o senhor deve convocar, se possível, imediatamente. Foi ele quem acalmou o mercado acionário brasileiro e mundial prometendo cumprir todos os contratos e continuar a fazer o que estava dando certo, até ali, no Brasil. A carta ao povo brasileiro, escrita por Palocci, provocou um efeito, praticamente, imediato. O presidente Lula foi eleito e o senhor bem sabe o sucesso dessa história toda. A Bovespa, por exemplo, viveu os melhores anos de sua história. A valorização em oito anos foi de quase 500%. Isso mesmo, presidente Ollanta, a multiplicação dos ganhos chegou a essa grandeza espetacular. E ela só foi possível porque um homem conseguiu tirar toda a má impressão que estava grudada em Lula até aquele momento.

Mas pense bem, caro presidente. A carta ao povo peruano não pode ser uma cópia da brasileira. Ela precisa ser redigida por quem soube mudar a recente história do Brasil. Palocci, ao seu lado, modificará essa recepção ruim dessa segunda-feira 6. E, se me permite fazer um alerta, eu sugeriria que o senhor não pensasse em uma simples consultoria. Essa palavra tem provocado calafrios no Palocci. Ele fica tenso, constrói frases sem nexo e não explica o que precisa ser explicado. Por isso, compre uma passagem Brasília-Lima e recepcione Palocci em um apartamento luxuoso. E, não se preocupe, a presidente Dilma não se sentirá prejudicada nem cortará relações diplomáticas com o Peru. É bem capaz de, até, aumentar as relações comerciais pelo bem que será feito a ela, ou melhor, ao seu país.

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