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Economia

Cartel de bancos causou prejuízos de US$ 50 bi, dizem exportadores

O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, acusou os bancos de formarem um cartel que resultou em prejuízos de mais de US$ 50 bilhões ao exportadores de produtos manufaturados; "Estamos há 11 anos estagnados, sem crescer a exportação. Queremos exportar mais, e espaço para crescer nós temos. Só que para exportar manufaturados, a taxa de câmbio é fundamental, e sem taxa competitiva não temos condição de competir no mercado internacional", disse Castro durante audiência em uma comissão do Senado

Cartel de bancos causou prejuízos de US$ 50 bi, dizem exportadores (Foto: Divulgação APPA)
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Sputnik - Criticados ao longo da campanha eleitoral por Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT), os bancos voltaram a ser alvo durante uma audiência em uma comissão do Senado nesta semana, acusados de causar um prejuízo de US$ 50 bilhões aos exportadores brasileiros.

A afirmação foi feita pelo presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, que alegou que, entre 2007 e 2013, as práticas irregulares do sistema bancário nacional inviabilizaram mais de US$ 50 bilhões em exportações de manufaturados.

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Como resultado, continuou Castro em declarações publicadas pela Agência Senado, o país viu um aumento do processo de desindustrialização e a queda da entrada de investimentos produtivos no país.

"Temos grande déficit da balança comercial de manufaturados. Estamos há 11 anos estagnados, sem crescer a exportação. Queremos exportar mais, e espaço para crescer nós temos. Só que para exportar manufaturados, a taxa de câmbio é fundamental, e sem taxa competitiva não temos condição de competir no mercado internacional", pontuou.

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Ainda durante a reunião, ocorrida na terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) a pedido do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), lembrou-se que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) conduz 2 investigações sobre manipulação de taxas de câmbio e a formação de cartel dos bancos.

Entretanto, tanto o Cade quanto o Banco Central (BC) e a Federação Nacional dos Bancos (Febraban) não enviaram representantes ao encontro, apesar dos convites feitos pelos senadores, fato que gerou críticas por parte dos parlamentares presentes.

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"Já há confissão de culpa de 7 bancos, com o pagamento de multas milionárias. Parece não haver dúvidas de que o cartel existiu, e os danos são irrefutáveis à economia brasileira [...] se o convite não é o suficiente, vamos convocar para que a comissão possa ter o Cade e o BC", comentou Ferraço.

Para o advogado Bruno Oliveira Maggi, da KMM Advogados, que representa os exportadores, é preciso transparência por parte do Cade, uma vez que já existem confissões de que o cartel dos bancos existiu, e é preciso acesso às informações do caso para que ações judiciais possam ser iniciadas contra os responsáveis.

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Segundo números da AEB, "os dados projetados para a balança comercial em 2018 mostram exportações de US$ 224,445 bilhões com aumento de 3,1% em relação a 2017, importações de US$ 168,130 bilhões com expansão de 11,5%, e superávit comercial de US$ 56,315 bilhões com queda de 15,9%".

Contudo, "pelo quinto ano consecutivo, as exportações brasileiras de manufaturados permanecerão estagnadas em patamar inferior aos valores de 2007, especialmente após a crise argentina deflagrada no final do 1º semestre".

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"O cenário para 2019 não é animador, pois a Argentina, principal destino destas exportações terá baixo crescimento econômica e/ou recessão, elevada desvalorização cambial superior a 50%, déficit comercial, desemprego, etc., que reduzirão suas importações, afetando diretamente as exportações brasileiras de manufaturados", completa a associação.

Além da Argentina, os Estados Unidos é o principal comprador de manufaturados brasileiros.

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