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      CCR ganha nos negócios, mas perde no financeiro

      Aumento do endividamento e perda cambial fazem lucro da concessionria recuar 1,1%

      Marcio Kroehn avatar
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      247_Pedagio, Sem Parar e Controlar são três serviços que pertencem à CCR. Não tem como não conhecer todos eles ou pelo menos um deles, afinal, o impacto de cada um vai direto para o bolso no consumidor na hora do lazer (estradas), da comodidade (escapar das filas do pedágio ou na saída de shoppings) e da inspeção veicular. A soma deles rendeu à empresa lucro líquido de R$ 175,2 milhões no primeiro trimestre de 2011, queda de 1,1% sobre o mesmo período do ano passado. Em um dos mais importantes períodos do ano, a empresa foi menos lucrativa. Qual teria sido o problema?

      Você pode estar pensando que essa redução foi motivada pela queda nos preços. Muito pelo contrário. Das nove rodovias sob concessão da CCR, apenas uma teve redução no valor do pedágio. A ViaOeste registrou recuo de 1,4% para R$ 6,20 enquanto todas as outras tiveram aumento médio de 2,8%. O tráfego de veículo cresceu, em média, 9,1% nas rodovias, sendo que no Rodoanel o fluxo de veículos aumentou 25%. Com isso, a receita bruta do pedágio do Rodoanel cresceu quase 40%. A média de todas as rodovias foi de 23,1% para R$ 1,06 bilhão no primeiro trimestre deste ano.

      Os outros dois negócios da empresa também foram bastante positivos. O número de usuários ativos do sistema Sem Parar chegou a 2,73 mil veículos, aumento de 35% sobre o mesmo período do ano anterior. E o Controlar inspecionou 111% mais veículos nos três primeiros meses deste ano, o que gerou crescimento de 45% na receita bruta para R$ 19,1 milhões.

      Se o problema não está na geração de receita, está no caixa. E foi o resultado financeiro prejudicou a companhia no trimestre. A perda no período foi de R$ 205,7 milhões, 40% maior do que a do mesmo período do ano passado. A CCR alega que a valorização média de 2,2% do real frente ao dólar gerou perdas de hedge (proteção) em moeda estrangeira de R$ 51,4 milhões. Além disso, o acréscimo de custos de 34% em juros e debêntures ocorreu, principalmente, pelo aumento da taxa Selic e as emissões de Nova Dutra e SPVias, que totalizam R$ 1,3 bilhão. E para a aquisição da SPVias, a empresa precisou aumentar o endividamento para R$ 5,5 bilhões, ou seja, 2,3 vezes a geração de caixa.

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