Cemig negocia venda de parque eólico por até R$ 700 milhões
Renova Energia, braço de investimentos em geração renovável da mineira Cemig, está em negociações para vender seu parque eólico Alto Sertão II à unidade brasileira da norte-americana AES por entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões; maior parte dos recursos obtidos com a venda da usina deverá ser utilizada utilizada para reduzir dívidas da Renova; parque eólico Alto Sertão II, na Bahia, tem 386 megawatts e está em operação desde 2014



Guillermo Parra-Bernal, Reuters - A Renova Energia, braço de investimentos em geração renovável da mineira Cemig, está em negociações para vender seu parque eólico Alto Sertão II à unidade brasileira da norte-americana AES por entre 600 milhões e 700 milhões de reais, disse à Reuters nesta segunda-feira uma fonte com conhecimento direto do assunto.
A fonte acrescentou ainda que a maior parte dos recursos obtidos com a venda da usina seria utilizada para reduzir dívidas da Renova.
O parque eólico Alto Sertão II, na Bahia, tem 386 megawatts e está em operação desde 2014.
A Renova pretende ainda utilizar parte dos recursos da venda para completar a construção de uma nova usina, Alto Sertão III, também na Bahia, que está com as obras 90 por cento concluídas.
As Units da Renova aceleraram alta após a Reuters noticiar a negociação, e subiam cerca de 5,3 por cento às 12:11 desta segunda-feira, enquanto os papéis da AES Tietê tinham alta de 0,7 por cento, ante uma queda de 0,84 por cento da BM&FBovespa.
Representantes da Renova e da AES Brasil não comentaram imediatamente.
A Cemig tem buscado parceiros ou formas de capitalizar a Renova desde o fracasso em 2015 de uma transação que previa a entrada da norte-americana SunEdison no capital da companhia, cancelada após dificuldades financeiras da empresa nos EUA.
A Cemig chegou a organizar um processo competitivo para vender uma fatia na empresa de energia renovável no qual houve participação de diversas empresas multinacionais, mas o negócio não foi adiante.
Em meio às dificuldades, a Renova anunciou em 2016 diversas medidas de reorganização, que incluíram renegociação de contratos de fornecimento de energia e a redução de seu plano de investimentos.
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