Chuva de IPOs na bolsa

247_A queda de 15% do Ibovespa neste ano é um estímulo para a compra de ações, afinal, diz uma regra do mercado de capitais que é na baixa que se deve investir na bolsa de valores. Mas para as empresas vale o oposto. Quando há desvalorização acentuada, como em 2011, é comum adiar a abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) ou o lançamento de novas ações. Este ano, porém, entra para a lista das exceções.

A empresa de informações financeiras Bloomberg fez um estudo e concluiu que este é o melhor ano para a bolsa brasileira desde 2007. Até a metade de julho de 2011, os bancos de investimento avaliaram 25 aberturas de capital e ofertas secundárias de ações contra 18 no mesmo período do ano passado. Em volume financeiro, porém, as ofertas deste ano somam R$ 16 bilhões contra R$ 22,4 bilhões em 2010. O recorde em sete meses é de 2007, quando 40 ofertas e R$ 26,6 bilhões entraram no mercado de capitais do País.

No momento, existem 10 ações em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como a Camil, Inbrands e Perenco Petróleo e Gás. Uma delas está próxima de deixar essa lista: nesta segunda-feira foi o último dia de reserva de ações da Copersucar, empresa do setor de agronegócio que planeja captar R$ 2,7 bilhões. Se confirmar esse valor, a exportadora de açúcar faria o maior IPO desde a estreia do Santander, em 2009, quando o banco levantou R$ 13,2 bilhões. Mas, pelas condições atuais dos mercados mundiais, a Copersucar corre o risco de atrair menos interessados do que o projetado pelos bancos coordenadores da oferta.