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Economia

CNI já cobra a abertura do pré-sal a estrangeiros

"Ninguém ganha com a cláusula de operador único. Perde a Petrobras, impedida de escolher os projetos que quer participar. Perdem os fornecedores que, sem novas rodadas, não têm a quem vender. Perdem os trabalhadores, assombrados pelo desemprego", diz Robson Andrade, presidente da CNI, que propõe esta agenda para Michel Temer; "O projeto de lei 131/2015, do senador José Serra, nos dá a chance de eliminar o obstáculo à retomada dos investimentos"

CNI já cobra a abertura do pré-sal a estrangeiros (Foto: Elza Fi�za /ABr)
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247 – Um dia depois da aprovação do pedido de impeachment na Câmara dos Deputados, a Confederação Nacional da Indústria já defende a abertura do pré-sal. Confira:

Para que todos ganhem

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Por Robson Andrade

O setor de petróleo e gás dá um dos exemplos mais completos da crise pela qual a indústria passa: preço em queda no mercado internacional, investimento em baixa e desemprego em alta. No front interno, obstáculos regulatórios, somados ao impacto da Lava-Jato, contribuem para o naufrágio da cadeia produtiva que, há poucos anos, era vista como o passaporte do Brasil ao futuro. O setor tem sido vítima até da crise fiscal dos estados, vista a decisão do governador do Rio de criar nova taxa de fiscalização sobre a atividade petrolífera.

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Entre as oportunidades de melhoria na regulação, a mais urgente para destravar o investimento é revogar a cláusula de operador único do regime de partilha. Ele obriga a Petrobras a participar como operadora única em todos os projetos do pré-sal, com participação mínima de 30% no consórcio vencedor. Significa que nenhuma rodada relevante acontecerá enquanto a companhia não recuperar suas finanças.

Responsável por 52% do investimento industrial no país, os impactos de retração do setor na economia são elevados em termos de emprego, produção e arrecadação, contribuindo para acentuar a queda do PIB. Regionalmente, os prejuízos são ainda mais graves, pois muitas cidades cresceram puxadas pelo crescimento do setor.

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No nível micro, as consequências da não realização de novas rodadas são devastadoras para a cadeia produtiva. Atividades de alto valor agregado e conteúdo tecnológico ligadas à exploração de petróleo dependem do fluxo regular de investimentos, viabilizado somente a partir de um cronograma de rodadas de licitação. A inconsistência das rodadas resulta no fechamento de empresas e na fuga de trabalhadores altamente especializados para outros países.

A Petrobras tem feito sucessivas reduções em seu plano de investimento e anunciado a venda de ativos para tentar preservar a exploração e a produção de petróleo. A meta é alcançar US$ 14,4 bi até julho 2017, originários de 20 a 30 projetos ou empresas. As obrigações impostas à empresa soam paradoxais num momento em que a companhia se esforça para desinvestir.

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Ninguém ganha com a cláusula de operador único. Perde a Petrobras, impedida de escolher os projetos que quer participar. Perdem os fornecedores que, sem novas rodadas, não têm a quem vender. Perdem os trabalhadores, assombrados pelo desemprego. Perde o Estado, pois a míngua do setor se reflete na queda da arrecadação de tributos, que contribuiriam para financiar a saúde, a educação e o ajuste fiscal de forma muito mais benigna do que algumas alternativas propostas, baseadas no aumento da carga tributária. A título de exemplo: só o bônus de assinatura de Libra alcançou R$ 15 bilhões, 50% do que o governo espera arrecadar com a volta da CPMF.

O projeto de lei 131/2015, do senador José Serra, nos dá a chance de eliminar o obstáculo à retomada dos investimentos. O texto foi aprovado no Senado e será votado na Câmara, seguindo, depois, para a sanção presidencial. Com ele, todos ganham: o setor, a indústria brasileira e a sociedade.

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Robson Braga de Andrade é presidente da Confederação Nacional da Indústria

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