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Economia

Com economia paralisada, falta de demanda preocupa construção civil

Falta de demanda interna, resultante da crise econômica do governo Jair Bolsonaro, foi apontada como um dos principais problemas enfrentados pelas empresas do setor de construção civil, segundo pesquisa da CNI; se acordo com o levantamento, relativo ao segundo trimestre de 2019, a demanda interna insuficiente foi apontada como um dos principais problemas do setor

(Foto: Reuters)
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Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil- A falta de demanda interna foi apontada como um dos principais problemas enfrentados pelas empresas do setor de construção civil, segundo a Sondagem Indústria da Construção referente a junho. A pesquisa foi divulgada hoje (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A entidade, no entanto, avalia que o cenário atual do setor é “menos negativo”, apresentando “sinais de melhora”, se comparado ao que foi projetado no início do ano.

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De acordo com o levantamento, relativo ao segundo trimestre de 2019, a demanda interna insuficiente foi apontada como um dos principais problemas enfrentados pelas empresas, por 37,3% dos empresários pesquisados – atrás apenas da carga tributária (37,9%). No primeiro trimestre a preocupação com a demanda insuficiente estava pouco abaixo, sendo mencionada por 35,2% dos entrevistados.

Também foram citados, como principais problemas enfrentados pela indústria da construção no segundo semestre, a falta de capital de giro (28,8%), a inadimplência dos clientes (25,6%), a burocracia excessiva (24,2%), a taxa de juros elevados (23%) e a falta de financiamento de longo prazo (14,3%). Diante desse cenário, a CNI defende que o governo adote “ medidas que possam lidar com a falta de demanda e que facilitem o financiamento certamente seriam positivas para o setor”.

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Diante desse cenário, a indústria operou, em junho, com 43% do pessoal, das máquinas e dos equipamentos parados. “O quadro ainda é difícil para o setor, mas há uma tendência de melhora futura”, avalia a CNI, tendo por base o crescimento, pelo quinto mês consecutivo, dos indicadores de nível de atividade e de emprego no setor.

“Os índices ligados a atividade, mesmo sem atingir o campo positivo, crescem desde fevereiro, traçando quadro mais positivo do que se projetava no início do ano. Além disso, os índices de condições financeiras, ainda que bem abaixo do observado antes da crise, voltaram a melhorar no segundo trimestre”, diz o documento divulgado pela CNI.

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Segundo a entidade, o índice de nível de atividade aumentou 1,3 ponto na comparação com maio, registrando 48,2 pontos – o maior desde novembro de 2013. Já o índice de evolução do número de empregados cresceu 2,2 pontos na comparação com maio alcançando 47,2 pontos, o maior desde outubro de 2013.

“Embora os dois índices continuem abaixo dos 50 pontos, mostrando o desempenho negativo da atividade e do emprego, o cenário é mais animador do que o projetado no início do ano”, informa a pesquisa.

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Margem de lucro e situação financeira

As empresas se dizem insatisfeitas com suas margens de lucro, índice que ficou em 40,1 pontos, e com a própria situação financeira (34,9 pontos). Estes indicadores variam entre zero e 100 pontos. Quando mais abaixo dos 50 pontos, mais insatisfeitas as empresas estão.

Alguns indicadores relativos a expectativa e confiança para os próximos seis meses ficaram acima dos 50 pontos, o que, segundo a CNI, mostra que os empresários “esperam o aumento do nível de atividade (índice que registrou 56,4 pontos), de novos empreendimentos e serviços (56,4), da compra de insumos e matérias-primas (55,1) e do emprego (54,6)”.

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Já o Índice de Confiança do Empresário da Construção (ICEI-Construção), que mede expectativa para julho, registrou 58,7 pontos, número 9,8 pontos acima do registrado em julho do ano passado.

A Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 11 de julho com 488 empresas (172 de pequeno porte; 209 de médio porte; e 107 são de grande porte).

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