Com recessão, informalidade cresce pela primeira vez em 12 anos
Segundo o estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pelo FGV/IBRE, o mercado informal movimentou R$ 957 bilhões em 2015, equivalente a 16,2% do PIB, alta de 0,1 ponto percentual sobre um ano antes
SÃO PAULO (Reuters) - A informalidade na economia brasileira cresceu em 2015 pela primeira vez em pelo menos 12 anos, com a recessão econômica estimulando negócios feitos de forma a evitar o pagamento de impostos, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira.
Segundo o estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pelo FGV/IBRE, o mercado informal movimentou 957 bilhões de reais em 2015, equivalente a 16,2 por cento do PIB, alta de 0,1 ponto percentual sobre um ano antes.
A movimentação do setor é medida pelo que os autores chamam de Índice de Economia Subterrânea. Desde que foi lançado, o indicador vinha apontando queda gradual, passando de 21 por cento do PIB em 2003 para 16,1 por cento em 2014.
Segundo o pesquisador da FGV/IBRE, Fernando de Holanda Barbosa Filho, a "economia subterrânea" deliberadamente não é reportada ao governo com objetivo de sonegar impostos e evitar contribuições para seguridade social e cumprimento de leis, como as trabalhistas.
"Com a economia e o crédito desacelerando e o impacto direto no trabalho formal, cresce o espaço para informalidade", disse Barbosa Filho à Reuters.
Para ele, o resultado só não foi pior devido a medidas de combate à informalidade. Mas a tendência para 2016 é de novo crescimento da informalidade.
"Com o atual cenário econômico, sem dúvida essa tendência de elevação vai continuar', acrescentou.
(Por Aluísio Alves; Edição de Raquel Stenzel)
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