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Economia

Com redução de direitos, Temer quer economizar R$ 678 bilhões na Previdência

Reforma da Previdência de Michel Temer, que deve ser apresentada ao Congresso nesta segunda-feira, só traz más notícias ao trabalhador; entre as mudanças estão tempo mínimo de trabalho de 50 anos, com idade de pelo menos 65 anos; pensão por morte acumulada à aposentadoria deverá ser proibida e benefícios assistenciais como pensões para deficientes poderão ser desvinculados do salário mínimo; para economistas,  o "rombo" que a Reforma pretende tapar é uma farsa

Presidente Michel Temer durante lançamento de nova linha de crédito da Caixa Econômica Federal no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil 24/11/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Aquiles Lins)
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Paula Zogbi, do Infomoney - A reforma da Previdência, que deve ser apresentada ao Congresso nesta segunda-feira, pode gerar uma economia de R$ 678 bilhões em dez anos, de acordo com fontes da Folha de São Paulo. Isso deverá ser feito por meio do aumento de tempo do contribuinte no mercado de trabalho e de maior dificuldade de acesso à aposentadoria.

Valendo a partir de sua aprovação a todos os homens que têm menos de 50 anos de idade e mulheres com menos de 45, as novas regras estabelecem tempo mínimo de trabalho de 50 anos, com idade de pelo menos 65 anos para aposentadoria. O tempo mínimo de contribuição com a Previdência será de 25 anos.

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Ainda no sentido de diminuir o alegado rombo, a pensão por morte acumulada à aposentadoria deverá ser proibida e benefícios assistenciais como pensões para deficientes poderão ser desvinculados do salário mínimo. O piso da aposentadoria continuará sendo o salário mínimo.

Atualmente, as regras estabelecem aposentadoria por idade (65 anos para homens e 60 para mulheres) para quem tem 15 anos ou mais de contribuição; ou apenas por tempo de contribuição: 35 anos de trabalho para homens ou 30 para mulheres.

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Para as pessoas que já ultrapassaram os 50 anos, deve haver regras de transição: 15 anos para homens e 20 para as mulheres. Nestes casos, os cidadãos deverão trabalhar 50% mais tempo para poder se aposentar conforme as regras já vigentes.

Em entrevistas recentes, o presidente Michel Temer chegou a afirmar que tem a intenção de continuar diferenciando as regras para homens e mulheres. De acordo com os documentos obtidos pela imprensa nesta segunda-feira, a idade mínima deverá ser a mesma para ambos.

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Críticos

Existe uma corrente de economistas que acredita que este rombo que a Reforma pretende tapar é uma "farsa". Em maio, a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Anfip) publicou o documento Desmistificando o Déficit da Previdência, onde defende que não se pode olhar isoladamente para as contas previdenciárias, mas sim analisar números de todas as frentes da Seguridade Social.

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"A necessidade de financiamento da Previdência Social é coberta com recursos oriundos de contribuições sociais que foram criadas para financiar a Seguridade Social", argumenta o documento, defendendo que "as receitas da Seguridade Social possuem outras fontes de financiamento, como os recursos arrecadados com a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS e a Contribuição Social sobre o Lucro – CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido".

Para que a conta continua superavitária, sem que as despesas com a Previdência superem a arrecadação da Seguridade Social, esses estudiosos sugerem "justiça fiscal, onde todos, de acordo com sua capacidade contributiva, devem contribuir igualmente para o financiamento da Seguridade Social".

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Outro argumento encontrado no mesmo documento é o de que a idade mínima "geraria uma disparidade social e regional de acesso ao direito, porquanto em um país absolutamente desigual, seria prejudicial àqueles que começam a trabalhar cedo". O texto cita como "provável consequência" dessa ação um atraso na entrada no mercado de trabalho: "jovens ingressarão mais tarde no mercado de trabalho", escrevem os autores.

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