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Com Temer, vaga sem carteira ganha espaço do emprego formal

Além de ter destruído milhões de postos de trabalho, o governo de Michel Temer também piorou a qualidade dos que sobraram; houve uma substituição intensa de postos com carteira assinada por vagas informais; houve aumento de 2,2% no número de trabalhadores no setor privado sem carteira assinada (mais 221 mil pessoas em relação ao trimestre encerrado em fevereiro) e de 3% no número de empregados do setor público (mais 329 mil pessoas); além disso, os brasileiros voltaram a recorrer ao trabalho por conta própria: 216 mil passaram a trabalhar como autônomos (motorista de Uber, por exemplo), 1% mais que no trimestre até fevereiro

Michel Temer e desemprego (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - A taxa de desemprego no país manteve-se muito alta, mas estável, no período de março a maio. Isso não significa, porém, que as coisas estejam bem. A qualidade do emprego continuou a piorar no país, com a substituição de postos de trabalho com carteira assinada por postos informais.

O país fechou o trimestre encerrado em maio com 13,7 milhões de pessoas sem emprego, o que representa 13,3% da população em idade de trabalhar. A taxa de desemprego estava em 13,2% no trimestre imediatamente anterior, finalizado em fevereiro.

Essa estabilidade, porém, foi sustentada por aumento de 2,2% no número de trabalhadores no setor privado sem carteira assinada (mais 221 mil pessoas em relação ao trimestre encerrado em fevereiro) e de 3% no número de empregados do setor público (mais 329 mil pessoas).

Além disso, os brasileiros voltaram a recorrer ao trabalho por conta própria: 216 mil passaram a trabalhar como autônomos (motorista de Uber, por exemplo), 1% mais que no trimestre até fevereiro.

Esse crescimento do trabalho informal, no entanto, foi suplantado pela perda de vagas com carteira.

O número de trabalhadores formais caiu em 479 mil, no 12º trimestre consecutivo de queda. Em maio, o número de empregados com carteira bateu novo recorde negativo desde o início da pesquisa do IBGE, em 2012, chegando a 33,2 milhões.

"O trabalho registrado é muito importante na vida do trabalhador brasileiro, já que representa ter fundo de garantia, plano de saúde, auxílio-alimentação", disse o coordenador de Trabalho e Emprego do IBGE, Cimar Azeredo.

As informações são de reportagem de Nicola Pamplona na Folha de S.Paulo.

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