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Economia

Companhias com maior exposição aos EUA devem sofrer na Bolsa

Analistas suavizam impacto nas bolsas de rebaixamento de nota dos EUA

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O rebaixamento do rating soberano dos EUA, anunciado ontem à noite pela Standard & Poor's (S&P), não deve provocar uma nova avalanche na Bovespa a partir de segunda-feira. Segundo fontes consultadas pela Agência Estado neste sábado, a notícia em si, já era esperada pelos mercados financeiros há algum tempo e não deve haver uma repetição do que foi observado na primeira semana de agosto - quando o principal índice acionário do mercado brasileiro desabou 10%.

"Desde os alertas feitos pelas agências de classificação de risco, meses atrás, já se vinha discutido uma eventual perda da nota triplo A dos EUA", avalia o gestor de renda variável da Yield Capital Asset, Hersz Ferman.

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Ainda assim, Ferman diz que a decisão histórica da S&P não é favorável e deve agravar um ambiente que já vinha repleto de incertezas e com elevada aversão ao risco. "Se houver algum impacto, ele será mais psicológico", comenta.

Da mesma forma, o gestor de recursos Fábio Anderaos acredita que a reprecificação dos ativos verificada no início deste mês é um movimento que já considerava uma reavaliação do cenário econômico global. "O que muda é o parâmetro para as avaliações de preços dos ativos, principalmente títulos e ações."

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No caso da Bovespa, Anderaos acreditam que empresas que têm uma maior dependência da atividade industrial norte-americana e uma maior exposição ao país, como a Gerdau, podem sofrer mais duramente. "Mas não deve ser um movimento brusco no papéis", ressalta, descartando, com isso, uma fuga em massa dos investidores em renda variável.

Mas, ambos os profissionais chamam a atenção para o estado emocional dos agentes financeiros e descartam, em um primeiro momento, uma migração de recursos, com liquidação das posições em ativos ligados aos EUA rumo ao Brasil, por exemplo. "O que o investidor vai comprar?", indaga Anderaos, ressaltando que se perdeu um pouco o referencial dos ativos considerados sem risco. "O investidor não está preocupado em buscar rentabilidade agora, mas sim em garantir segurança para sua carteira", completa Ferman.

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Além disso, o gestor da Yield Capital Asset lembra que o rebaixamento do rating dos EUA acende uma luz amarela sobre a nota de risco de crédito de uma lista de países. "Agora a nota norte-americana é AA+, mas vai continuar assim?", questiona, acrescentando ainda que também há dúvidas sobre qual deve ser o rating de cada país no mundo. "Será que o rating de outros países, como os europeus, também não vão cair depois disso?", questiona.

 

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